10 Ago, 2021

Medicamento israelita apresenta resultados promissores no tratamento da covid-19

No ensaio da Fase II, de um grupo de 90 doentes com covid-19, 93% recebeu alta em cinco ou menos dias após ter tomado o medicamento experimental.

Um medicamento experimental desenvolvido por uma equipa do Centro Médico Sourasky de Tel Aviv tem apresentado resultados promissores no tratamento da covid-19 em todos os ensaios clínicos realizados até ao momento, revelou o jornal Sapo, citando o Jerusalem Post.

O professor Nadir Arber e a sua equipa desenvolveram o EXO-CD24, um medicamento formulado com base na molécula “CD24”. Segundo explicam os investigadores, este medicamento inalado com recurso a uma máscara uma vez por dia, durante alguns minutos, recorrendo a exossomas leva a proteína CD24 aos pulmões, a qual ajuda a acalmar o sistema imunológico e conter a tempestade provocada pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com a sua análise da infeção pelo novo coronavírus, o que resulta em doença grave é o momento em que o sistema imunitário cria uma resposta descontrolada, também conhecida como tempestade de citocinas. No caso da infeção por SARS-CoV-2, o sistema começa por ter como alvo as células saudáveis dos pulmões. “O nosso medicamento visa atacar este problema”, explicou um dos responsáveis do estudo.

No ensaio clínico da Fase I, realizado em Israel, de um grupo de 30 doentes em estado moderado a grave, 29 recuperaram em poucos dias. No ensaio da Fase II, levado a cabo em Atenas, de um grupo de 90 doentes com covid-19 com sintomas graves, 93% recebeu alta em cinco ou menos dias após terem tomado este medicamento experimental.

“O principal objetivo deste estudo era verificar se o medicamento é seguro. Até hoje, não registámos qualquer efeito secundário significativo em nenhum doente de ambos os grupos”, afirmou o professor Nadir Aber.

Na próxima fase, 155 doentes com a infeção por SARS-CoV-2 vão participar no estudo, sendo que dois terços vão receber o medicamento e os restantes recebem o placebo. “Por muito promissoras que sejam as conclusões das primeiras fases de um tratamento, ninguém pode ter a certeza de nada até que os resultados sejam comparados com os dos pacientes que recebem placebo”, explicou o investigador.

SO

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