20 Out, 2022

Manuel Pizarro afasta preconceito e diz que privado e social devem complementar SNS

O ministro da Saúde defende que no Serviço Nacional de Saúde deve haver complementaridade com o privado e o social, sempre que se justifique.

O ministro da Saúde afastou a existência de preconceito em relação aos setores privado e social. “O risco do desvio de financiamento para esses setores é desnatar o setor público. Por isso considero a intervenção complementar salutar”, afirmou Manuel Pizarro. O governante falava na Comissão Parlamentar de Saúde, onde ontem foi ouvido pela primeira vez como ministro, a requerimento da Iniciativa Liberal, sobre o Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e Entidades Convencionadas, relativo a 2021, e as perspetivas e planos do Governo para o futuro do SNS e, a requerimento do PS, sobre o novo Estatuto do SNS.

Relativamente ao Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), disse que “dá prioridade à prestação pública”, aceitando, sempre que se revele vantajoso para as pessoas e para o interesse público, a complementaridade dos setores social e privado.

A propósito da resposta do SNS, reconheceu que nem tudo está bem, mas não está de acordo com “a teoria do caos”, sublinhando: “É óbvio que, por exemplo, na área da Obstetrícia, é diferente a natureza penosa das maternidades públicas, que atendem todas as pessoas (…), da das maternidades que fazem 100% partos em cesariana”.

A propósito da proposta do grupo de trabalho das maternidades, disse que o trabalho ainda está “numa fase embrionária”. Segundo notícias avançadas na semana passada pela imprensa, o grupo de peritos encarregado de propor uma solução para as urgências de Obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sugeriu ao Governo a concentração das urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais de Famalicão, Póvoa de Varzim, Guarda, Castelo Branco, Vila Franca de Xira e Barreiro.

“Podem estar tranquilos porque o sistema continuará a dar resposta plena”, disse Manuel Pizarro, insistindo: “A nossa preocupação é garantir a absoluta previsibilidade e segurança na saúde materno-infantil”, afirmou.

LUSA

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