26 Set, 2023

Fundação alerta para a falta de investimento na área da Oncologia Pediátrica

Segundo dados fornecidos pela Fundação Rui Osório de Castro (FROC), o cancro infantil é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes, sendo que, por ano, estima-se que surjam cerca de 400 novos casos em Portugal.

Sendo setembro o mês da sensibilização para o cancro infantil, a FROC lançou o movimento #nãoficoindiferente, salientando a “necessidade de um maior foco e investimento na área da Oncologia Pediátrica”.

De acordo com a fundação, a Direção-Geral da Saúde (DGS) avançou para o processo de consulta pública da Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro (ENLCC) para o decénio 2021-2030, sendo que deste documento não constam quaisquer indicações de ação clínica destinadas ao cancro pediátrico. “É uma questão-chave que se mantém sem resposta.” “É alarmante que a Oncologia Pediátrica surja apenas como uma estrutura transversal”, refere ainda Carlota Mascarenhas, Diretora Geral da FROC.

Fatores como a investigação ou o acompanhamento psicológico são algumas das medidas que a FROC considera estarem em falta na estratégia prevista.

Para além disso, a dirigente da FROC afirma ainda que o Registo Oncológico Pediátrico, obrigatório já desde o ano de 2017, continua desatualizado. “Conhecer a realidade em Portugal é fundamental para que se possam tomar as melhores decisões e para que estas vão ao encontro das verdadeiras necessidades que existem”, realça Carlota Mascarenhas.

“Enquanto Fundação queremos chegar aos portugueses, sensibilizando-os para o dia a dia das crianças, jovens, famílias, profissionais e voluntários que lutam contra o cancro e homenageá-los pelo seu esforço, dedicação e coragem, e fazer perceber à sociedade a importância do lugar do cancro pediátrico na estratégia nacional para as doenças oncológicas”, destaca.

Assim, através da hashtag #nãoficoindiferente, a FROC pretende continuar a sensibilizar para a importância deste tema durante o atual mês de setembro.

CG

Notícia relacionada

Falta uma estratégia para oncologia pediátrica, alerta a associação Acreditar

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais