12 Dez, 2016

Fenprof e Observatório da Deficiência promovem estudo para caraterizar docentes deficientes

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e o Observatório da Deficiência e dos Direitos Humanos vão realizar um estudo para caracterizar os docentes com deficiência em Portugal e propor medidas para melhorar as condições do exercício da profissão.

Em comunicado , as duas entidades referem que em Portugal há pouca informação em estudos científicos ou estatísticas públicas sobre números de docentes com deficiência nas escolas, pelo que se propõem realizar em 2017 “um estudo de caracterização dos docentes com deficiência em Portugal, bem como as representações e práticas da comunidade educativa em relação a estes professores”.

O estudo servirá também para “identificar obstáculos, facilitadores e boas práticas no que respeita à inclusão dos docentes com deficiência e a sua relação com a escola” e para propor medidas ao Governo e ao parlamento com vista a que os espaços educativos sejam inclusivos para todos, incluindo para os professores.

Atualmente, dizem ambas as organizações, há falta de adequação de condições para docentes com deficiências exercerem em pleno a sua atividade e só medidas pontuais adotadas por algumas escolas permitem ”atenuar as dificuldades acrescidas sentidas por estes docentes”.

A organização Internacional de Educação, que representa mais de 36 milhões de trabalhadores de Educação em todo o mundo, aprovou no seu último congresso a necessidade de haver mais atenção para com professores com deficiência, respondendo este estudo a esse apelo.

Na próxima semana, a 12 e 13 de dezembro, realiza-se o primeiro encontro do Observatório da Deficiência e dos Direitos Humanos para discutir os vários problemas com que se debatem as pessoas com deficiência.

Quando anunciou a realização deste encontro, o observatório que está integrado no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa lembrou que União Europeia um em cada seis cidadãos da União Europeia tem uma deficiência, o que representa cerca de 80 milhões de pessoas.

Por outro lado, a taxa de pobreza entre as pessoas com deficiência é 70% superior à das pessoas sem deficiência, “em parte devido às limitações no acesso ao emprego”, sendo que a “taxa de emprego das pessoas com deficiência se situa nos 50%”.

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