11 Set, 2020

Entre 2 a 5% dos doentes com COVID-19 em risco de desenvolver sépsis

Doentes com Covid-19 têm maior risco devido à maior fragilidade do sistema imunitário. 40% dos doentes internados com sépsis acabam por morrer.

No Dia Mundial da Sépsis, que se assinala a 13 de setembro, e em plena pandemia da COVID-19, os dados apontam para que 2 a 5% dos doentes com COVID-19, entre o 8.º e 10º dia, apresentem sinais de lesão em diversos órgãos.

A sépsis pode desenvolver-se em qualquer indivíduo que contraia uma infeção, contudo, em indivíduos com o sistema imunitário mais debilitado o risco torna-se mais acrescido, como é o caso dos doentes com COVID-19 que, devido à fragilidade do seu sistema imunitário, apresentam maior probabilidade de desenvolver sépsis.

“É fundamental conhecer os primeiros sinais de sépsis para iniciar o tratamento o mais atempadamente possível e evitar um agravamento das lesões. A eficácia do tratamento depende muito da rapidez do diagnóstico”, lembra Eleonora Bunsow, especialista na área de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas e Medical Advisor da bioMérieux Portugal e Espanha.

 

Sépsis é a principal causa de morte evitável no mundo

 

Grande parte dos indivíduos apresenta sintomas como febre, podendo ter calafrios e fraqueza. À medida que a infeção se agrava, podem verificar-se o aumento da frequência respiratória e/ou cardíaca, pele manchada ou sem cor devido ao fluxo sanguíneo reduzido, menor frequência nas idas à casa-de-banho e urina em quantidades menores, fala arrastada ou confusão e tremor extremo ou dor muscular. O fluxo sanguíneo reduzido pode levar à morte dos tecidos, incluindo órgãos vitais, como rins, pulmões, coração e cérebro.

A especialista acrescenta ainda que “A taxa de mortalidade aumenta nos casos em que o diagnóstico é mais demorado e, sobretudo, nos casos em que o doente tem o sistema imunitário debilitado ou uma doença crónica”.

Este ano, para assinalar o Dia Mundial da Sépsis, a bioMérieux, empresa líder em soluções de diagnóstico in vitro, convida sobreviventes, familiares, amigos e profissionais de saúde a partilharem testemunhos relacionados com a Sépsis. Procuram-se histórias de superação ou de perda, testemunhos pessoais ou experiências com pessoas próximas que relatem vivências com esta condição.

 

40% dos doentes com sépsis acabam por morrer

 

A iniciativa “Juntos Vamos Dar Rosto à Sépsis” pretende reunir testemunhos reais e envolver a sociedade, ao contribuir para aumentar o conhecimento sobre esta infeção potencialmente fatal. As histórias podem ser submetidas através da Internet, no seguinte formulário https://biomerieux.wufoo.com/forms/z107n6kz0wzxbxw/

A sépsis afeta milhões de pessoas todos os anos, estimando-se que seja responsável por 20 por cento das mortes por ano em todo o mundo. De acordo com um estudo publicado na revista Lancet, em 2017, morreram 11 milhões de pessoas com sépsis. Em Portugal, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS), 22% dos internamentos em unidade de cuidados intensivos são devidos à sépsis e 40% destes doentes acabam por morrer.

Apesar de ser uma infeção ainda desconhecida para grande parte dos portugueses, causa mais mortes a nível hospitalar do que o acidente vascular cerebral (AVC). Os efeitos a longo prazo para os sobreviventes da sépsis incluem danos permanentes nos órgãos, assim como incapacidade física e cognitiva.

SO/COMUNICADO

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