17 Jan, 2022

Em Portugal, mais de 300 doentes covid foram tratados com ECMO

As taxas de sobrevivência dos doentes-covid tratados com ECMO rondam os 75% a nível nacional.

Pelo menos 314 pessoas com doença covid-19 grave foram tratadas com a máquina que substitui a função pulmonar (ECMO) em Portugal. As taxas de sobrevivência destes doentes sugerem que mais de 200 pessoas nestas condições recuperaram, analisa o Jornal de Notícias.

O boletim do EuroECMO-Covid confirma que, apesar da idade média das pessoas sujeitas a esta terapêutica que funciona como último recurso rondar os 50 anos, esta técnica foi aplicada tanto em adultos, como em mulheres grávidas e crianças internadas em cuidados intensivos.

“A doença não é sempre benigna nas idades mais baixas”, confirma o diretor do serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Lisboa Norte, João Ribeiro, que confirmou que os doentes tratados tinham “entre 20 e 30 anos e outros 60 e 70”, sendo a idade média de 55 anos.

No Hospital Santa Maria, a taxa de sobrevivência atingiu os 78%, “um resultado extraordinário atendendo à casuística observada”, que resultará de “uma triagem rigorosa na identificação dos doentes com mais condições de sobrevivência com esta técnica”.

No Centro Hospitalar Lisboa Central, a ECMO foi usada em 87 doentes covid-19, com idade média de 48,2 anos, com taxa de sobrevivência registada superior a 75%. Já o Hospital de S. João recorreu a esta técnica para tratar 83 pessoas – das quais 10% em idade pediátrica ou neonatal – com taxa de sobrevivência de 70%.

Em Portugal, o Hospital de S. João, no Porto, e o Santa Maria e São José, em Lisboa são considerados os centros de referência ECMO. No entanto, nos picos das vagas da pandemia, também Coimbra, Gaia e Funchal recorreram a esta tecnologia.

No panorama europeu, além de Portugal, Alemanha (857), França (652), Espanha (633) e Itália (608) estão no pódio de países que submeteu mais doentes a ECMO.

SO

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