Despiste à Covid-19 nos centros de saúde de Almada e Seixal viola “normas da DGS”
Sindicato dos Médicos da Zona Sul denuncia a falta de um espaço próprio para observação de doentes com suspeita de infeção por SARS-CoV-2.
O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) acusa os centros de saúde de Almada e do Seixal de não garantirem as condições adequadas para a observação, em segurança, de doentes com queixas respiratórias. Por isso, o SMZS vai avançar para os tribunais, através de uma providência cautelar para garantir que “as normas da DGS são cumpridas”.
Em causa está o facto de o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada-Seixal ter encerrado, há cerca de um mês, a Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios, que funcionava no Seixal, em instalações cedidas pela autarquia, “com base no argumento de um reduzido número de novos casos de COVID-19, apesar do aumento de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo”.
O SMZS garante que os utentes com sintomas respiratórios foram são agora obrigados a serem observados nos centros de saúde, violando a norma n.º 004/2020 da Direção-Geral da Saúde (DGS) quanto à necessidade de circuitos exclusivos para utentes respiratórios.
Segundo o sindicato, essa observação é agora feita na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Rainha D. Leonor, em Almada, com “os utentes com sintomas respiratórios partilhem a mesma sala de espera e os mesmos elevadores que todos os outros utentes”.
“São inúmeras as situações de permanência comum e distância reduzida de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 com outros utentes, alguns dos quais encaminhados pela Linha SNS24 para observação”, diz o sindicato, que garante que não foram tomadas quaisquer medidas desde a denúncia pública feita pelo SMZS.
Desta forma e perante as sucessivas “queixas de profissionais e utentes, o SMZS apresentou uma providência cautelar para garantir que as normas da DGS são cumpridas”.
SO