16 Nov, 2020

Covid-19. Vacina da Moderna tem eficácia superior a 94%

Apenas cinco pessoas que receberam a vacina desenvolveram a doença. Empresa vai submeter pedido de uso de emergência nas próximas semanas.

A empresa de biotecnologia Moderna anunciou hoje que dados provisórios indicam que a sua vacina contra a covid-19 tem uma eficácia de 94,5% na redução do risco de contrair a doença.

Isso significa que o risco de adoecer com covid-19 foi reduzido em 94,5% entre o grupo de voluntários vacinados e também aqueles que receberam placebo.

Em comunicado, a empresa explica que na terceira fase do ensaio clínico foram identificados 95 casos de doença, sendo que desses apenas cinco tinham recebido a vacina e 90 pertenciam ao grupo que recebem o placebo, em que foram também identificados todos os 11 casos de doença grave.

De acordo com a Moderna, cerca de 9% a 10% das pessoas vacinadas manifestaram efeitos secundários após a segunda dose, como fadiga, rigidez ou vermelhidão no local da injeção.

A terceira fase do ensaio clínico, que arrancou nos Estados Unidos em julho, envolve mais de 30.000 participantes.

“Este é um momento crucial no desenvolvimento da nossa vacina candidata contra a covid-19”, sublinha o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, explicando que os novos dados positivos constituem “a primeira validação clínica de que a vacina pode proteger contra a covid-19, incluindo de doença grave”.

Com base nestes dados provisórios sobre a segurança e eficácia da vacina, a empresa norte-americana vai submeter nas próximas semanas um pedido de autorização de uso de emergência à Food and Drug Administration (FDA), a agência federal responsável pelo controlo e supervisão do setor alimentar e farmacêutico, e pretende também candidatar-se a autorizações de agências internacionais.

Até ao final do ano, a Moderna espera ter já disponíveis para distribuição cerca de 20 milhões de doses da vacina mRNA-1273 e mantém o objetivo de produzir entre 500 milhões e mil milhões de doses em 2021.

Prevê-se que a candidata a vacina fique estabilizada a temperaturas standard de refrigeração de 2° a 8° C por 30 dias, uma evolução relativamente à anterior estimativa de 7 dias. Já o Transporte e condições de armazenamento a longo prazo podem ser realizados em temperaturas standard de congelação de -20°C .

“A capacidade de armazenar a nossa vacina por até 6 meses a -20° C, incluindo até 30 dias em condições normais de refrigeração após o descongelamento, é um desenvolvimento importante e permitiria uma distribuição mais simples e uma maior flexibilidade de vacinação em maior escala, quer nos Estados Unidos, quer também noutras partes do mundo”, sublinhou Stéphane Bancel, CEO de Moderna.

So/LUSA

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