Covid-19. Hipertensão aumenta o risco de complicações pós-infeção
Resultados podem auxiliar os profissionais de saúde a priorizarem o tratamento de doentes suscetíveis às complicações listadas.
Pessoas com hipertensão apresentam maior probabilidade de desenvolver complicações quando infetadas pelo vírus SARS-CoV-2, revela uma análise de registos médicos publicada no Nature Digital Medicine.
Através de um estudo com mais de 18 mil doentes que confirmou o papel da hipertensão no desenvolvimento de complicações após a infeção covid-19, a equipa de investigação procurou analisar quais as pré-condições que podem contribuir para o desenvolvimento de várias patologias aquando da confirmação de infeção pelo novo coronavírus.
Neste sentido, os investigadores analisaram mais de 1 milhão de registos clínicos de 1803 pacientes cuja hospitalização estava associada à infeção por covid-19 nas clínicas dirigidas pela Mayo Clinic e relacionaram 21 doenças pré-existentes ao desenvolvimento de 20 complicações pós-infeção por SARS-CoV-2.
Além de confirmarem a influência da hipertensão no desenvolvimento de dificuldades associadas à sua recuperação, os especialistas revelaram que o registo de níveis de pressão arterial (PA) anormalmente elevados está associado ao desenvolvimento de dez complicações, entre as quais estão a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), fibrilhação auricular (FA) e anemia.
Ainda assim, segundo confirmam, as doenças cardiovasculares crónicas, como a insuficiência cardíaca, a doença arterial coronária e cardiomiopatias, e as doenças renais crónicas também foram considerados como sendo os preditores mais significativos de complicações pós-infeção por covid-19.
Adicionalmente, de acordo com a sua observação, o “derrame pleural ou a acumulação de líquido nos pulmões foi a complicação mais comum da infeção de covid, seguida da ocorrência de fibrilhação auricular (FA)”.
“Estas descobertas ajudarão os médicos a priorizar os pacientes de acordo com a sua vulnerabilidade para o desenvolvimento de complicações e, ao mesmo tempo, focar nas complicações mais comuns que estão associadas a diferentes comorbidades e, assim, salvar vidas”, confirmou um dos autores do estudo, Venky Soundararajan.
Saiba mais informações sobre este estudo aqui.
SO