27 Jan, 2020

Coronavírus: Doente internado em Lisboa não contraiu doença

A Direção-Geral da Saúde informa que o caso suspeito de infeção, em observação em Lisboa, foi negativo, após realização de análises.

“A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que o primeiro caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal foi negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”, pode ler-se no comunicado divulgado pela DGS.

Um homem regressado da China no sábado estava sob observação no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, por suspeita de infeção pelo novo vírus detetado naquele país.

“A DGS mantém-se atenta e a acompanhar a situação, em articulação permanente com instituições/organizações nacionais e internacionais para adoção de medidas a nível nacional e em consonância com as recomendações que forem sendo emitidas” pela Organização Mundial de Saúde e pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), segundo o comunicado hoje divulgado.

A entidade dirigida por Graça Freitas afirma ainda que “já foi publicada no ‘site’ da DGS uma orientação sobre o novo Coronavírus (2019-nCoV), com os procedimentos a adotar pelos profissionais em caso de suspeita ou confirmação de caso de infeção”.

O número de mortos na China causado pelo novo coronavírus detetado em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes e capital da província de Hubei, no centro do país, aumentou para 56, anunciou hoje a Comissão Nacional de Saúde chinesa.

O balanço de infetados na China passou para 1.975 pessoas, das quais 324 estão em estado grave.

Além da China continental, há quase meia centena de infeções confirmadas em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) admitiu que a possibilidade de transmissão secundária no espaço da União Europeia é baixa, “desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção relacionadas com um eventual caso importado”.

As autoridades chinesas alertaram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus, cancelaram as celebrações do Ano Lunar do Rato e colocaram em quarentena 13 cidades.

Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.

A DGS recomenda a quem viaje para a China medidas como “seguir as recomendações das autoridades de saúde do país”, “evitar contacto próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de infeções respiratórias graves”, “lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto com pessoas doentes”, “evitar contacto com animais” ou “adotar medidas de etiqueta respiratória”.

SO/LUSA

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