3 Dez, 2021

Consumo frequente de álcool em adultos jovens aumenta risco de FA, sustenta estudo

Resultados mostram uma associação clara entre o consumo de álcool e o risco de desenvolvimento de FA.

Consumir bebidas alcoólicas de forma moderada ou regular por um período prolongado pode aumentar o risco de desenvolvimento de fibrilhação auricular (FA) em pessoas com menos de 40 anos, confirma um estudo apresentado nas Sessões Científicas da American Heart Association de 2021.

Investigações anteriores já tinham associado o consumo de álcool frequente ao aumento do risco de FA, mas existe escassez de estudos em adultos mais jovens, disse o coautor da análise, Minju Han. “Nós, jovens, confiamos excessivamente na nossa saúde e achamos que nunca ficaremos doentes porque somos novos. Mas quando a FA é diagnosticada em idade precoce, a duração da doença é maior e isso causa um mau prognóstico”, acrescenta.

Para compreender de que modo este consumo pode afetar a saúde cardíaca dos jovens adultos, os investigadores procuraram analisar os registos de mais de 1,5 milhão de sul-coreanos com idades entre os 20 e os 39 anos sem diagnóstico prévio de FA, os quais fizeram exames anuais entre 2009 e 2012. Quando questionados sobre o seu consumo de álcool, cerca de 42% dos participantes relataram terem bebido de modo moderado (105 gramas de álcool por semana) ou regular (210 gramas de álcool por semana) ao longo dos quatro anos.

Durante o período de acompanhamento, a taxa geral de prevalência de FA foi baixa (0,2%). No entanto, o risco foi até 25% aumentado entre aqueles que relataram beber álcool com maior frequência em comparação com os que não bebiam ou consumiam muito pouco. Especificamente, para os que confirmaram o hábito regular de consumo deste tipo de bebidas, o risco de FA foi 47% aumentado em comparação com os que não bebiam.

“Este é o primeiro estudo que demonstra o efeito do álcool numa população mais jovem”, disse o professor de medicina da Mayo Clinic, Peter Noseworthy. “Embora os riscos absolutos sejam reduzidos nesta faixa etária, os autores demonstram claramente um efeito associado à dose de álcool no risco de FA, semelhante ao que já vimos em populações mais velhas”.

SO

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