26 Mar, 2024

Células CAR-T estão a ser utilizadas “em fases mais precoces do tratamento, aumentando a eficácia”

Manuel Abecassis, presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), participou num evento sobre Imunoterapia que decorreu, no último sábado, em Lisboa, centrado na atualização de conhecimentos sobre tratamentos com células CAR-T. De acordo com o especialista, estas células são "uma inovação extraordinária, com um grande potencial mas muito exigente na sua aplicação dada a considerável toxicidade do produto e a necessidade de uma seleção rigorosa dos doentes".

A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2022, foram diagnosticados mais de 4000 novos casos de doenças hemato-oncológicas em Portugal, como leucemias, linfomas e mielomas múltiplos. Nesse sentido, as terapias celulares têm vindo a ganhar terreno no panorama nacional e, em especial, o tratamento com células CAR-T, que utilizam o próprio sistema imunitário do doente para combater o cancro.

De acordo com Manuel Abecassis, “as indicações atualmente aprovadas permitem a sua utilização em doentes com determinado tipo de linfomas não-Hodgkin e em leucemia linfoblástica aguda B, que sejam resistentes ou refratários a duas ou mais linhas terapêuticas”. E acrescenta “o que se está a assistir é a uma evolução no sentido de serem utilizadas em fases mais precoces do tratamento, aumentando a eficácia e reduzindo a toxicidade”.

O presidente da APCL destaca ainda que a associação vai continuar a apostar na formação dos profissionais de saúde nesta área. “A APCL tem na sua missão, entre outros, o compromisso de contribuir para a formação dos profissionais de saúde que intervêm no tratamento de doenças hemato-oncológicas, e esse compromisso é para manter. Claramente que iremos continuar a apoiar iniciativas de formação nesta área”, conclui.

 

CG

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