9 Nov, 2021

Cancro do pulmão. Via verde reduz para metade o tempo de tratamento em Vila Real

“Esta via verde representa ganhos efetivos na saúde dos doentes", dizem os pneumologistas Joelma Silva e Rafael Noya, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A via verde para o cancro do pulmão, implementada no Hospital de Vila Real, permitiu reduzir de 66 para 28 dias o tempo médio de espera entre o diagnóstico e o início do tratamento.

O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) explicou, em comunicado, que o projeto pretende a identificação “mais célere de novos casos de cancro do pulmão, tendo por base a articulação de profissionais especializados nesta patologia, com o objetivo de reduzir de 66 para 28 dias o tempo médio de espera desde a suspeita de uma neoplasia do pulmão, até à apresentação do caso em consulta multidisciplinar e início dos tratamentos”.

“Esta via verde representa ganhos efetivos na saúde dos doentes, porque quanto mais cedo forem identificados os casos, mais possibilidades de cura terão”, afirmaram os médicos pneumologistas Joelma Silva e Rafael Noya, citados no comunicado do CHTMAD.

De acordo com o centro hospitalar, o cancro do pulmão “continua a ser um dos tipos de cancro mais frequentes e a principal causa de morte por cancro a nível mundial”.

No CHTMAD, todos os anos, há uma média de aproximadamente 140 novos casos de neoplasia do pulmão.

A criação desta nova via verde tem como objetivo beneficiar os utentes através da “redução do tempo de espera entre a suspeita de uma neoplasia do pulmão e a confirmação do diagnóstico e a consequente redução da ansiedade por parte dos doentes”.

Os médicos salientaram que a “celeridade do circuito definido representa uma atividade assistencial mais adequada”, uma vez que, segundo explicaram, “os pacientes com suspeita de cancro de pulmão são referenciados para o protocolo via verde cancro do pulmão, onde é pedido um estudo de diagnóstico e estadiamento e, caso haja confirmação, é solicitada de imediato uma primeira consulta de pneumologia oncológica”.

Com a identificação e atribuição de prioridades, sempre que haja uma suspeita, esta tem uma “via rápida” atribuída pelos serviços.

Para a implementação deste novo processo, foi necessário o envolvimento de diferentes especialidades do centro hospitalar, como anatomia patológica, genética, imagiologia e pneumologia, trabalhando numa “ótica da melhoria do fluxo dos doentes dentro da instituição”.

LUSA

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