Boletins de vacinas digitais até ao final do ano
Os boletins de vacinas vão passar a ser digitais para a globalidade da população até ao final do ano, permitindo o registo eletrónico e tornando possível a qualquer médico aceder à vacinação de um utente em todo o SNS
Esta é uma das novidades que será abordada no Portugal eHealth Summit, que vai decorrer entre terça e quinta-feira em Lisboa e contará com a participação de mais de 8.000 pessoas, de acordo com estimativas dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Segundo o presidente dos SPMS, o boletim digital de vacinas vai ser generalizado até ao fim do ano, com as vacinas a integrarem um registo vacinal nacional que é eletrónico.
Qualquer médico ou enfermeiro poderá, desta forma, aceder às vacinas dos utentes em qualquer unidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Assim como os utentes também poderão aceder às suas vacinas através da área do cidadão do portal do SNS.
Numa urgência, por exemplo, pode ser fundamental um médico saber se o doente tem a vacina do tétano em dia, exemplifica o presidente dos SPMS, Henrique Martins.
Outra vantagem, segundo Henrique Martins, é a de possibilitar que o utente faça a sua vacina em qualquer centro de saúde do país.
O registo vacinal digital já está a ser aplicado a cerca de 100 mil doentes portugueses, numa experiência no Litoral Alentejano. A ideia da SPMS é abranger todo o território até final do ano.
Na Portugal eHealth Summit, os SPMS vão abordar ainda outros projetos, como os exames médicos sem papel. O objetivo é que no segundo semestre os médicos de família já possam receber por via eletrónica os resultados das análises laboratoriais prescritas ao doente e feitas em entidades convencionadas.
Outro dos projetos é a progressiva substituição e modernização do software dos centros de saúde.
Henrique Martins explicou à agência Lusa que uma das ideias centrais do Portugal eHealth Summit é reunir todos os agentes interessados no “uso do digital para transformar a saúde”, sejam utentes, profissionais de saúde, empresários, autarquias ou organismos públicos.
Durante três dias, esta iniciativa vai reunir especialistas nacionais e internacionais, envolvendo a academia, empresas empreendedoras, ‘startups’, ordens profissionais, sociedades científicas, associações de doentes, outras entidades da administração pública e representantes da área da investigação e financiamento em saúde.
LUSA/SO/SF