4 Out, 2019

Assistentes operacionais do Hospital de Braga marcam greve para dia 30

O Hospital de Braga esclareceu esta quinta-feira que está em […]

O Hospital de Braga esclareceu esta quinta-feira que está em conversações “para uma aproximação às reivindicações dos trabalhadores”, após os assistentes operacionais terem marcado uma greve contra a exclusão do acordo de trabalho coletivo vigente nos hospitais EPE. Este desenvolvimento surge após o representante do Sindicato em Funções Publicas e Sociais do Norte [STFPSN], afeto à CGTP, Orlando Gonçalves, ter afirmado a necessidade de marcar uma greve, adiantado que, enquanto a greve dos trabalhadores se mantiver, irá ser realizada uma manifestação em frente ao ministério da Saúde em Braga.

Os motivos da greve prendem-se com o facto de os assistentes operacionais do Hospital de Braga, que funcionou até dia 01 de setembro como Parceria Público Privada (PPP), não terem sido abrangidos pelo acordo coletivo em vigor nos restantes hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

 

Acordo coletivo aprovado não foi aplicado em Braga

 

“O Hospital era PPP, passou a EPE [com estatuto de Entidades Públicas Empresariais] a 01 de setembro. Há um acordo coletivo que dá direito às 35 horas, entre outras questões. Braga, na altura em que o acordo entrou em vigor não era EPE, logo o acordo não se aplicou. Agora é uma EPE e não faz sentido que não se aplique”, apontou.

O sindicalista acusou ainda o ministério da Saúde de andar a “empatar a aplicação deste acordo, dizendo que há contratos a analisar” e que, “para piorar, o Governo a 20 de setembro, quando o Hospital de Braga já era uma EPE, assinou um acordo coletivo para aplicar aos trabalhadores das carreiras não revistas e que continua a deixar de fora o Hospital de Braga”.

“Nós [STFPSN] não assinamos enquanto não estiver lá o Hospital de Braga”, avisou.

Orlando Gonçalves explicou que a situação “gera enormes desigualdades e discriminação” entre trabalhadores dos hospitais que já eram EPE, e mesmo entre os do Hospital de Braga.

 

Trabalham entre 35 e 40 horas de trabalho e recebem cerca de 585€, em média

 

“Isto provoca que em todos os hospitais EPE, os assistentes operacionais fazem 35 horas e ganham 635 euros. Aqui em Braga, ou fazem 35 horas e ganham 519 euros de salário base ou fazem 40 e ganham 600 euros“, disse.

Sobre a decisão de partir para uma greve, o sindicalista disse que foi a medida decidida porque “a situação não faz sentido e a resposta da ministra da Saúde é que, tendo em consideração o período eleitoral, não se irá decidir nada e que fica para a próxima legislatura”, referiu.

Isto é inaceitável e vamos agora seguir com os trâmites legais do pré-aviso de greve, estando sempre, abertos a negociações”, finalizou.

Os trabalhadores estão desde as 16:00 de hoje a manifestar-se frente ao Hospital de Braga.

 

SO/Lusa

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