23 Jul, 2021

Amamentação associada à redução da pressão arterial nas crianças

Estudo confirma que até um período de amamentação reduzido pode influenciar os níveis de pressão arterial nas crianças.

Bebés que foram amamentados, mesmo apenas por alguns dias, apresentaram valores de pressão arterial (PA) reduzidos em idade infantil, em comparação com aqueles que não receberam leite materno, sugere um estudo publicado no Journal of the American Heart Association. Esta redução influencia a saúde cardiovascular (CV) na vida adulta.

Tendo em consideração vários estudos que sublinham que fatores de risco CV, como a hipertensão, podem surgir na infância e outros trabalhos que confirmam os benefícios da amamentação na redução do risco de desenvolvimento de patologias CV, “este é o primeiro estudo a avaliar a associação da amamentação nos primeiros dias de vida e a PA na infância”, disse a principal autora do estudo, Kozeta Miliku.

Neste sentido, os investigadores analisaram dados do Canadian CHILD Cohort Study, sendo que, para a investigação em causa, foram identificadas cerca de 2400 crianças cuja alimentação infantil foi observada através de registos hospitalares e questionários aos respetivos cuidadores.

Entre estas crianças, 98% foram amamentadas, incluindo 4% que receberam “amamentação limitada precoce”, definida como poucas amamentações aquando do período de internamento hospitalar. Deste total, 78% foram amamentadas por seis meses ou mais e 62% foram amamentadas apenas com leite materno, por, pelo menos, três meses.

De acordo com a sua observação, aos 3 anos de idade, as crianças que nunca foram amamentadas apresentaram valores de PA mais elevados (média de 103/60 mmHg) em comparação com aquelas que foram amamentadas por qualquer período (99/58 mmHg). O mesmo se observou entre os bebés que receberam apenas amamentação limitada (99/57 mmHg).

“O nosso estudo sugere que, para desfechos CV, como os níveis de PA, mesmo um breve período de amamentação é benéfico. Por muitas razões, a amamentação sustentada deve ser fortemente apoiada e também é importante compreender que ‘cada gota conta’, especialmente nos primeiros dias de vida”, sublinhou a autora sénior do estudo, Meghan B. Azad.

Saiba mais informações sobre este estudo aqui.

SO

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