4 Set, 2018

África do Sul declara fim do surto de listeriose

O ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, declarou ontem o fim do surto de listeriose, doença que desde 2017 provocou a morte de 216 pessoas, além de condicionar as exportações sul-africanas de carne e seus derivados.

Em conferência de imprensa, Aaron Motsoaledi referiu que a equipa da Organização Mundial da Saúde (OMS), especialistas internacionais e locais concordaram que desde a primeira semana de junho de 2018, nenhum caso do surto de listeriose foi identificado, e que, nos últimos dois meses, a taxa de incidência de casos de listeriose confirmados em laboratório diminuiu para níveis pré-surto.

O ministro Aaron Motsoaledi explicou que o fim daquele surto “não significa que as pessoas não voltar a ter listeriose” e lembrou que a doença, associada ao consumo de alimentos contaminados, “esteve presente na África do Sul nos últimos 40 anos”.

Aaron Motsoaledi agradeceu ainda à OMS pela especialização técnica e contribuições financeira para o controlo do surto de listeriose.

De acordo com as últimas estatísticas oficiais, citadas pela a agência de notícias France-Presse, em julho de 2018, um total de 1.060 casos de contaminação foram notificados na África do Sul, incluindo 216 mortes.

Em 10 de março, os serviços veterinários de Angola ordenaram a retirada do mercado de carnes processadas provenientes da África do Sul, de duas empresas locais, devido ao surto epidémico de listeriose naquele país.

Pouco tempo depois, a 14 de março, a Inspeção Nacional das Atividades Económicas de Moçambique anunciou a incineração de 55,5 toneladas de derivados de carne oriundas da África do Sul, suspeitos de contaminação com listeriose.

A listeriose é uma infeção bacteriana provocada pelo bacilo ‘listeria monocytogenes’ e figura entre as zoonoses – doenças transmitidas de animais para humanos – mais perigosas. Geralmente, causa febre, vómitos e diarreia e é tratada com antibióticos.

LUSA

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