A morfologia convencional ainda é importante no diagnóstico hematológico?
Laboratório de Hematologia, Serviço de Patologia Clínica da ULS Lisboa Ocidental/Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa

A morfologia convencional ainda é importante no diagnóstico hematológico?

Os dados do hemograma e a citomorfologia do sangue periférico e da medula óssea têm um papel de primordial importância no diagnóstico de muitas doenças hematológicas. Representa a primeira triagem diagnóstica na maioria dos distúrbios hematológicos e pode evitar um grande número de erros e muitos exames diagnósticos desnecessários.

Na era atual, apesar de todos os avanços tecnológicos na análise celular, a morfologia celular do sangue periférico e da medula óssea continua a ser uma pedra angular para o diagnóstico de neoplasias hematológicas, mas deve ser integrada com a clínica, terapêutica, hemograma, imunofenotipagem, genética e histopatologia.

Pode sugerir um diagnóstico urgente, indicar um diagnóstico provável ou fornecer um contexto para interpretação de outros testes. Realça-se também a grande utilidade do exame citomorfológico dos líquidos biológicos para a orientação diagnóstica dos derrames serosos. No entanto, o rendimento esperado da citomorfologia depende muito da competência e experiência do observador, o que pode condicionar o seu poder diagnóstico.

O treino do citomorfologista requer muito tempo e disponibilidade de orientadores, o que nos coloca um grande desafio para o futuro –“Como garantir a qualidade do processo formativo em citomorfologia?”

 

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