9 Set, 2019

Conselho consultivo dos hospitais algarvios quer novo hospital central

A presidente do Conselho Consultivo do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) defendeu o avanço de um novo hospital central na região, projeto com quase duas décadas.

A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, escolhida pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) para representar os municípios naquele órgão consultivo, assume como “objetivo primordial” a construção de um hospital central e diz-se pronta para esse “combate”.

O projeto remonta a 2002, quando o então ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, constitui, entre outros, um grupo interdepartamental para o lançamento de parcerias público-privadas, nomeadamente, uma nova unidade hospitalar a instalar no Parque das Cidades, entre Faro e Loulé.

No ano seguinte, em 2003, é aprovado o terreno para a sua construção, em 2007 aprovado o perfil assistencial e o dimensionamento e, em 2008, o então primeiro-ministro, José Sócrates, chega mesmo a lançar a primeira pedra do hospital, que estaria pronto em 2013.

Isilda Gomes defende que o avanço de um hospital central “dotado de todas as valências” irá evitar “as constantes viagens dos doentes para outros pontos do país”, alicerçado no reforço de agregação entre os seus três polos – Faro, Portimão e Lagos -, e a Universidade do Algarve.

Para a autarca, é preciso alterar o atual modelo de prestação de cuidados hospitalares no Algarve que, “ao longo dos últimos anos, tem vindo a degradar-se, apesar de todo os investimentos feitos” e a região tem que ser vista “numa ótica de colaboração entre os seus autarcas”.

Em relação ao hospital de Portimão, a presidente defende que este volte a ter uma administração própria, à semelhança do que acontecia antes da fusão, “com um reforço objetivo das valências que possui evitando desta forma também a saturação do hospital central a curto prazo”.

Já o atual hospital de Faro, deve estar vocacionado para a “prestação de cuidados a doentes com patologias mais leves e prolongadas”, disponibilizando “consultas de especialidades e exames complementares de diagnóstico e terapêutica, num modelo inovador”, defende.

“O novo hospital central constituir-se-ia seguramente como fator de qualidade de vida na região, de atratividade e competitividade territorial”, conclui.

SO/Lusa

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