Mil vagas para idosos em oito equipamentos de cuidados continuados a construir em Lisboa

Há 50 milhões de euros para aumentar a resposta de cuidados continuados e domiciliários. Câmara constrói, Santa Casa fica a gerir os equipamentos

Os oito novos equipamentos previstos no programa “LisBoa – cidade de todas as idades” foram apresentados pela Câmara e Santa Casa da Misericórdia da capital. Vão contar com mil vagas para idosos em estruturas residenciais e cuidados continuados.

Falando nos Paços do Concelho, na cerimónia de apresentação e assinatura do protocolo que irá dar início a este projeto, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) assinalou que esta será a “medida mais ambiciosa”.

Com uma verba prevista de 50 milhões de euros serão criadas “mil novas vagas na cidade de Lisboa, entre respostas residenciais para pessoas idosas e cuidados continuados”, referiu Edmundo Martinho.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Lisboa avançou que este valor e a construção das infraestruturas “será responsabilidade” do município.

“A Câmara de Lisboa disponibiliza os terrenos, irá construir os equipamentos”, mas depois o “modelo de gestão é a Santa Casa que vai assegurar, com um contributo financeiro que a cidade agradece”, afirmou.

Questionado sobre a inclusão deste investimento no orçamento municipal, o socialista referiu que “este é um valor que estará dividido por vários anos”. Quanto às vagas, as mil “são as que são possíveis”, considerou.

“Haverá necessidade de mais, haverá necessidade de este programa ir crescendo, mas também temos que dar não só este passo, que é um passo com importância, mas também irmos vendo de que forma é que se vai adaptando a resposta entre o sistema social e o sistema de saúde”, acrescentou.

As freguesias escolhidas para acolher estes espaços são Alvalade, Avenidas Novas, Benfica, Campolide, Marvila, Santa Clara, São Domingos de Benfica, sendo que o oitavo equipamento será integrado no eixo Ajuda-Alcântara-Belém.

Durante a apresentação, Medina salientou que estas localizações foram “estudadas e equacionadas” para “dar uma resposta que Lisboa não tem” atualmente.

Apontando que este programa ainda não está fechado e “não vive sem sentido de parceria”, o autarca deixou o repto à rede social existente na cidade para que dê os seus contributos.

O acordo prevê também a requalificação de 21 centros de dia da SCML, que darão lugar aos espaços “InterAge”, com o objetivo de “aproximar gerações”. Segundo o provedor, esta medida orçada em 12 milhões de euros “já está a avançar em fase experimental”, mas está previsto “alargar a toda a cidade”.

Serão criadas também 650 vagas em creches, disse à Lusa fonte oficial do município.

Também em declarações aos jornalistas, o vereador dos Direitos Sociais (do BE) elencou que os centros contarão com uma valência para idosos e outra para a infância, mas a sua distribuição irá depender “do local onde serão feitas, das freguesias e das suas necessidades”.

“O acordo que o BE fez com o PS para a Câmara de Lisboa prevê exatamente intervir nestas áreas”, lembrou Ricardo Robles, advogando que “esta é uma nova geração de políticas sobre o envelhecimento ativo”.

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