13 Dez, 2017

Programa europeu vai investir dois mil milhões de euros em ideias inovadoras na saúde

Com 140 parceiros distribuídos por toda a Europa prevê-se que, no próximo ano, sejam criados 45 novos produtos/serviços, apoiadas 250 startups e obtidos mais de 10 milhões de euros em investimentos diretos.

Promovido pelo EIT – European Institute of Innovation and Technology, este programa tem um orçamento de dois mil milhões de euros para investir no desenvolvimento de novos produtos e soluções inteligentes no setor de saúde.

Com 140 parceiros distribuídos por toda a Europa, entre os quais o Instituto Pedro Nunes e a Universidade de Coimbra, prevê-se que, no próximo ano, sejam criados com o EIT Health 45 novos produtos/serviços, apoiadas 250 startups e obtidos mais de 10 milhões de euros em investimentos diretos. Espera-se um contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos europeus e a promoção da sustentabilidade dos sistemas de saúde num contexto de alterações demográficas marcadas pelo envelhecimento da sociedade europeia.

Os programas do EIT Health, que estão ao alcance de parceiros do consórcio, empreendedores e empresas, encontram-se divididos em três categorias: “Campus” na área da educação e dirigido a estudantes, profissionais, executivos e cidadãos; “Accelerator”, um programa de criação de empresas e “Innovation Projects” para apoiar ideias que atendam a uma necessidade específica relacionada com promoção da vida saudável, o envelhecimento ativo e as melhorias nos cuidados de saúde.

O EIT Health possibilita às candidaturas aprovadas as seguintes oportunidades: desenvolver o seu negócio com a colaboração de especialistas; apresentar o projeto a investidores e a empresas da área da saúde; facilitar o acesso a novos mercados e aceder a uma rede vastíssima de key players de referência no setor de saúde europeu.

Entre os associados do EIT Health estão as mais destacadas universidades das ciências da vida, conceituadas instituições de investigação europeias e as mais importantes empresas das áreas farmacêutica e dos cuidados de saúde.

O Instituto Pedro Nunes, a Universidade de Coimbra e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra estão envolvidos no EIT Health Innostars, formado por clusters regionais de parceiros de vários países que representam a indústria, a academia e os provedores de saúde com o objetivo de maximizar o potencial destas regiões.

Projetos portugueses já foram aprovados pelo EIT Health

Na sessão de apresentação do EIT Health, foram dados a conhecer três projetos portugueses que receberam o apoio deste programa: InEye, SwitHome e LifeTag.

A ser desenvolvido na Universidade de Coimbra e vencedor da iniciativa PhD Transition Fellowships do programa Campus, o InEye consiste num dispositivo de administração de fármacos que promete substituir a aplicação diária de gotas para olhos em, por exemplo, doentes com glaucoma ou em recuperação de cirurgias às cataratas. Semelhante a uma pequena pérola e colocado no interior da pálpebra inferior do olho, o InEye permite que o fármaco possa ser libertado durante sete a 300 dias, não havendo desperdício (no caso das gotas há um desperdício de 75%).

Vencedor do programa Innovation by Ideas e que teve origem na Universidade de Coimbra, o projeto SwitHome, que foi submetido ao EIT Health com a liderança do IPN, permite aos centros de reabilitação aumentar o número de pacientes em tratamento com dificuldades na marcha, após acidente vascular cerebral, sem que seja necessário aumentar os recursos humanos ou a sua infraestrutura. O SwitHome possibilita que parte da reabilitação seja realizada em casa com recurso a uma solução composta por palmilhas inovadoras de mapeamento de pressão de alta resolução e uma aplicação móvel e plataforma web de interface entre o paciente e o terapeuta que permite realizar exercícios de correção da marcha, fornecendo feedback em tempo real aos pacientes, bem como disponibilizando o seu estado de progresso ao terapeuta. Deste modo, algumas das sessões de reabilitação são realizadas em casa com a ajuda de um cuidador, dispensando o envolvimento em tempo integral do terapeuta.

A LifeTag, que venceu o programa Accelerator, é uma startup portuguesa sediada no Biocant de Cantanhede focada em investigação e desenvolvimento de tecnologias não-invasivas para a avaliação do metabolismo e diagnóstico de condições patológicas relacionadas com diversas doenças metabólicas altamente incidentes, nomeadamente diabetes, obesidade, síndrome metabólica, inflamação aguda e crónica, entre outras.

Comunicado/SO

 

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