20 Fev, 2017

Consórcio criado pela Universidade de Lisboa aposta em inovação na saúde

O consórcio começou a ser montado em 2013 e pretende também encaminhar os parceiros para os financiamentos europeus em disputa do Horizonte 2020

A inteligência artificial ao serviço da medicina ou o turismo de saúde são algumas das áreas alvo do Lisbon Living +, um consórcio criado pela Universidade de Lisboa que junta vários o mundo académico, empresas e o setor social na procura de inovação na saúde.

Rogério Gaspar, pró-reitor da Universidade de Lisboa, afirmou que o objetivo do consórcio é pensar em projetos “não a meses ou mesmo a um ou dois anos, mas a uma década”.

Um dos setores em que o consórcio pode produzir resultados é nos serviços de processamento de dados em grande volume (“Big Data”) e medicina personalizada, que pode empregar técnicas semelhantes à inteligência artificial para ajudar os médicos no processo de decisão.

Por exemplo, um projeto da empresa IBM chamado “Watson” consegue ler centenas de milhares relatórios clínicos de doentes e juntar milhares de artigos, conseguindo “big data” que se caracterizam pelo “volume, variedade, velocidade e verdade”.

Embora “não esteja suficientemente afinado”, é tecnologia “de primeira linha a nível global”, combinando algoritmos de decisão e matemática aplicada no tratamento dos dados.

Na área oncológica, é “uma ajuda para o clínico decidir pelo melhor cuidado” para o doente, referiu.

Outro dos projetos que germinou com a rede de parcerias estabelecida pelo Lisboa Living +, chamado Altur, destina-se a promover o turismo sénior e o turismo de saúde através da divulgação de práticas médicas inovadoras em Lisboa.

Segundo Rogério Gaspar, a tecnologia nova vai sempre providenciada pelo Sistema Nacional de Saúde e “vai sempre primeiro para cidadãos nacionais” . Contudo, pode ser rentabilizada, apelando ao turismo de saúde, em que estrangeiros procuram Portugal para se tratar.

No futuro, encaminha-se a criação de centros de excelência em medicina de precisão e regenerativa, um investimento de 60 milhões de euros, em Lisboa, Aveiro e no Minho.

Rogério Gaspar afirmou que da interação entre os parceiros, que incluem associações de doentes, câmaras municipais e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sairão “algumas grandes coisas mas muitas pequenas coisas que têm grande impacto”.

A Universidade organiza, hoje, a primeira conferência do Lisboa Living +, onde se irá debater o rumo da medicina na Europa, focada nas necessidades dos doentes e a tecnologia e inovação na saúde dirigidas à população da Europa, um continente que está a envelhecer.

LUSA/SO

 

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