Serão as plantas, ervas aromáticas e microalgas uma alternativa ao sal?

Mais de 2 milhões de portugueses sofrem de hipertensão. Em média, um português consome diariamente mais do dobro da quantidade máxima de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Um projeto inovador pode ter encontrado a alternativa!

Sendo o sal abusivamente consumido, um grupo de cientistas do iBET – Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – estão a explorar o uso de plantas halófitas, ervas aromáticas e microalgas como uma alternativa ao sal de cozinha.

Esta investigação é denomida de projeto Lesssalt e “pretende avaliar e correlacionar a composição nutricional e fitoquímica de extractos derivados das plantas e microalgas com as suas propriedades sensoriais. Posteriormente, será avaliada a capacidade anti-hipertensiva dos diferentes produtos em teste e seleccionados aqueles que demonstrarem conferir características sensoriais adequadas associadas a um possível efeito anti-hipertensivo. Pretende-se que este produto possa ser usado como um substituto saudável do sal nas cozinhas e, assim, contribuir para uma melhoria significativa na saúde da população”, podemos ler num comunicado enviado à imprensa.

O projeto está a ser desenvolvido no âmbito do programa iBETXplore, um programa de financiamento interno cujo objetivo é estimular a investigação científica. Através deste programa, o iBET possibilita aos jovens cientistas com ideias ambiciosas e com relevância para a sociedade possam desenvolver os seus projetos.

É de realçar que o consumo excessivo de sal está relacionado com o desenvolvimento de várias doenças crónicas como a hipertensão, o cancro do estômago ou a osteoporose. Assim sendo, a identificação de produtos alternativos ao sal, capazes de preservar o sabor e a forma de confeção dos alimentos é, atualmente, um dos maiores desafios da indústria alimentar.

Erica Quaresma

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