21 Abr, 2023

São João realiza 38.ª edição do Curso de Atualização de Dermatologia e Venereologia

Destinado, sobretudo, a especialistas de Medicina Geral e Familiar, o Curso de Atualização de Dermatologia e Venereologia, que já vai na sua 38.ª edição, realizou-se a 14 e 15 de abril.

Realizou-se, nos dias 14 e 15 de abril, o XXXVIII Curso de Atualização de Dermatologia e Venereologia. De acordo com Filomena Azevedo, diretora do Serviço de Dermatologia do Hospital de São João, no Porto, responsável pela organização desta iniciativa, a importância deste curso passa por “permitir a atualização nas várias doenças dermatológicas, melhorar a acuidade diagnóstica e orientar o seu tratamento”. “Tal como em anos anteriores, neste curso houve a possibilidade de participação com pósteres, tendo sido selecionados três para apresentação oral”, acrescenta.

Além dos dermatologistas, o curso destina-se, sobretudo, aos especialistas de Medicina Geral e Familiar, mas, também, a pediatras. “Atendendo ao nosso público-alvo procurámos que o programa abordasse patologias frequentes e que ajudasse na referenciação das mais graves. Incluímos, como sempre, palestras relativas à idade pediátrica”, menciona.

Este ano a Comissão Científica optou por distribuir os temas por localização física e abordou, também, a melhor forma de reconhecer algumas patologias. “Tivemos ainda uma sessão interativa de casos clínicos com resposta da audiência por votação”, refere.

“Nos últimos anos, têm-se verificado muitos avanços terapêuticos, sobretudo, na dermatite atópica e na psoríase com novos fármacos e com outros que estarão para surgir”, disse Filomena Azevedo. E acrescentou: “Globalmente, pareceu-nos que os temas foram do interesse da audiência.”

Quando questionada acerca dos maiores desafios dos dermatologistas no tratamento e seguimento dos seus doentes, Filomena Azevedo responde que são, sobretudo, a nível hospitalar. “O número de referenciações é elevado e temos muitas patologias graves, que fazem tratamentos sistémicos, havendo necessidade de mantermos seguimento prolongado, durante anos. A nível dos tumores cutâneos malignos tem havido um aumento de casos. Recebemos situações avançadas, que dificulta a sua abordagem cirúrgica e o prognóstico”, termina.

SO 

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