21 Mai, 2021

Obesidade. Entidades apelam para mudança na gestão e tratamento

Estima-se que em todo o mundo haja 650 milhões de pessoas que lidam com esta patologia, cujo tratamento não é uniforme nos vários países.

No âmbito do Dia Nacional da Luta contra a Obesidade, que se assinala a 22 de maio, é reforçada a necessidade de tratar a obesidade como uma doença crónica e reincidente. O apelo é promovido pela Sociedade Europeia de Endocrinologia (ESE) e subscrito pela Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo (SPEDM) e pela Associação dos Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO).

Deste modo, apesar de Portugal ser um dos poucos países na Europa que reconhece a obesidade como uma doença, a presidente da SPEO, Paula Freitas, reforça “que é urgente implementar uma mudança na forma como o nosso país aborda” a patologia caracterizada pelo excesso de peso.

No mesmo sentido, o presidente da SPEDM, João Jácome de Castro, reforça a necessidade de se “tornar mais eficaz a forma como se lida com o tratamento” desta doença endócrina que afeta 1,5 milhões de portugueses, de acordo com dados do Inquérito Nacional de Saúde de 2019.

Tal como a ESE revelou a sua preocupação relativa ao facto desta patologia se estar a tornar no problema de saúde mais prevalente a nível mundial, o presidente da ADEXO ressalta a necessidade de se “tratar a obesidade antes de tratar as suas consequências, como são a diabetes, a hipertensão ou alguns cancros”.

De modo a consciencializar a população sobre o tratamento da doença, estas entidades promovem a plataforma “Recalibrar a Balança – por uma resposta holística e equitativa contra a obesidade” que apresenta cinco prioridades na sua gestão.

Assim, é reforçada a necessidade de se promover uma abordagem holística, de se mobilizarem recursos para garantir uma formação especializada e adequada aos profissionais de saúde e de se criarem consultas de obesidade nos cuidados de saúde primários.

Da mesma forma, as entidades também salientam a necessidade de o tratamento farmacológico para a doença ser comparticipado e a urgência de criação de mecanismos essenciais para combater o estigma e a discriminação contra as pessoas obesas.

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