Novo estudo analisa incidência de cancro de pele em 62 países
A plataforma alemã derma.plus, especializada em aconselhamento dermatológico, conduziu um estudo internacional para analisar a incidência do cancro de pele a nível geográfico e socioeconómico em 62 países.
O estudo, intitulado de International Skin Cancer Index (Índice Internacional de Cancro da Pele, em português), encontra-se dividido em duas partes: O Índice de Suscetibilidade ao Cancro da Pele e o Índice Socioeconómico de Tratamento.
O primeiro ponto do estudo centra a sua análise no fator UV, no tom de pele da população e na taxa de incidência de modo a identificar as taxas mais elevadas geograficamente. O segundo índice relaciona os gastos com cuidados de saúde de cada país, o acesso ao tratamento e a remuneração individual com as taxas de mortalidade para compreender que esforços são feitos no sentido de combater a doença.
“A incidência dos cancros do tipo melanoma ou não-melanoma têm aumentado drasticamente ao longo das últimas décadas”, reforça o Prof. Dietrich Abeck, Chief Medical Advisor na derma.plus, citado em comunicado. “Este estudo é indicativo de que uma elevada exposição UV combinada com um tom de pele mais claro (segundo o cálculo da Escala Fizpatrick) leva a diagnóstico elevado de cancro de pele. Contudo, por outro lado, o índice revela que países como a Nova Zelândia e Austrália, que têm taxas de incidência elevadas de cancro de pele, têm também as taxas mais baixas de mortalidade devido a gastos elevados com cuidados de saúde”.
Como resultados, a derma.plus conclui que Nova Zelândia é o país com o maior número de novos casos com uma pontuação de 10.00, a Suécia lidera no que diz respeito ao acesso a tratamentos pelos gastos com cuidados de saúde, alcançando uma pontuação de 4.20, mesmo com os 5.79 de novos casos. Por sua vez, a Nigéria, apesar de ter uma pontuação de incidência baixa, é a nação que menos gasta com a saúde, registando uma taxa de mortalidade de 67%.
Portugal registou uma pontuação de 1.72 nos novos casos de cancro de pele e uma pontuação de 6.72 nos gastos com cuidados de saúde.
Em comunicado é referido que este estudo pretende salientar as precauções que podem ser tomadas para combater esta doença globalmente. Em suma, ainda que o cancro de pele seja elevado em países que combinam elevados níveis de fator UV com o tom de pele claro, esta análise quer mostrar que os gastos adequados em cuidados de saúde mostram-se eficazes em reduzir a mortalidade.
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