12 Mai, 2017

Ministro da Saúde admite que maioria das reividicações dos médicos são “legítimas”

Adalberto Campos Fernandes admitiu que as reivindicações que levaram à greve nacional dos médicos são quase todas "muito legítimas" e quer estabelecer um calendário negocial alargado com os sindicatos até ao final da legislatura

No segundo e último dia de greve de médicos, que se cumpriu ontem, o ministro Adalberto Campos Fernandes esteve presente no jornal nacional da TVI e afirmou que o Governo está disponível para continuar a trabalhar já na próxima semana com os sindicatos.

O ministro assume que a esmagadora maioria das revindicações sindicais são legítimas, lembrando que nos últimos anos a Saúde foi um setor “muito fustigado”. Contudo, o governante indicou que “não é possível fazer tudo por todos ao mesmo tempo”.

Adalberto Campos Fernandes afirmou que “há espaço em termos de faseamento no tempo” para acolher as propostas dos dois sindicatos que convocaram a paralisação, estimando que o calendário das negociações possa estar encerrado em setembro.

O ministro enalteceu ainda a forma responsável como decorreu a greve dos médicos, que registou nos dois dias uma adesão a rondar os 90%, de acordo com os sindicatos.

Vários blocos operatórios continuaram encerrados ontem, nomeadamente nos grandes hospitais, como o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Hospital de São João no Porto, Hospital de São José e de Santa Maria, em Lisboa ou Hospital de Ponta Delgada, de acordo com alguns exemplos dados pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

“Reafirmamos a vontade de retomar negociações. Estamos disponíveis a partir já de sexta-feira”, disse à agência Lusa Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, um dos dois sindicatos que convocou a greve nacional de médicos, a par com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

LUSA/SO/SF

 

Gedeon Richter

 

 

 

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