Médicos pedem rastreios da doença renal crónica, com elevada prevalência em Portugal
No âmbito do Dia Mundial do Rim, que se assinala hoje, a SPN sublinhou, em comunicado, tratar-se de uma doença “bastante limitadora” e com custos que representam entre 2% e 6% do orçamento dos cuidados de saúde.
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) alertou hoje para a necessidade de intensificar o rastreio da doença renal crónica, que afirma ter em Portugal o dobro da prevalência no resto do mundo.
Estima-se que, no mundo, uma em cada 10 pessoas sofra da doença. Em Portugal, o estudo mais recente – publicado em 2020 – apontou para uma prevalência de 20%, segundo a mesma fonte. “Estes valores são justificados pelo facto de, em Portugal, o rastreio da doença renal crónica não ser uma prioridade das autoridades de saúde e, por isso, os doentes surgem em fases muito avançadas da doença, em situações irreversíveis”, lê-se no documento divulgado pela SPN.
A doença é assintomática, o que também não ajuda na deteção precoce. Os dados disponíveis indicam que em 2040, a doença renal crónica poderá ser a quinta principal causa de morte e de perda de qualidade de vida.
A principal causa da doença é a diabetes, existindo outras patologias com algum peso no desenvolvimento da patologia, como a hipertensão arterial. “Um estilo de vida saudável é uma fórmula que funciona na prevenção da maior parte das doenças, incluindo da doença renal crónica, a dieta mediterrânica, o exercício físico, não fumar, beber água regularmente (um litro de água por dia) são tudo medidas salutares”, pode ler-se no comunicado.
LUSA
Notícia relacionada