23 Abr, 2019

Hospital da Prelada vai ter Unidade de Reabilitação de AVC

Projeto-piloto arranca em setembro e, numa fase inicial, terá capacidade para apoiar 20 utentes. Unidade vai contar com equipamento inovador e quer ser alternativa ao Centro de Reabilitação do Norte, em Gaia.

Apesar da melhoria registada nos últimos anos, Portugal continua a ter a maior taxa de mortalidade por AVC da Europa. A cada hora que passa três portugueses sofrem um AVC e um deles não sobrevive. Muitos ficam com sequelas. Para tentar combater esta realidade, o Hospital da Prelada, no Porto vai criar uma unidade de reabilitação especializada, avança o Jornal de Notícias.

“O AVC é hoje uma causa de morte e de incapacidade flagrante e vamos procurar dar uma resposta neste domínio”, disse ao JN o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares. Para já, em setembro, irá arrancar o projeto-piloto, que conta a parceira da multinacional farmacêutica Boehringer Ingelheim. Numa primeira fase, a unidade vai contar com 15 camas internamento e mais cinco em regime domiciliário. No entanto, com a consolidação do projeto, em 2021, o número de lugares disponíveis deve chegar aos 90.

A unidade representa um investimento de 1,5 milhões de euros e vai incluir a compra de equipamento inovador que, até agora, não existe em Portugal. Durante os últimos anos, tem sido o Centro de Reabilitação do Norte (situado em Gaia), a dar resposta aos sobreviventes de AVC, “com resultados extremamente interessantes”, revela António Tavares.

Cerca de dez profissionais já foram transferidos de Gaia para a Prelada para ajudar a erguer a Unidade. A estimativa é que, dentro de dois anos, já estejam a trabalhar ali mais de 120 pessoas. As equipas multisciplinares que acompanham os doentes que necessitam de reabilitação são constituídas por fisiatras, terapeutas ocupacionais e da fala, fisioterapeutas e psicólogos.

Numa fase inicial, o custo da Unidade será suportado em 50% pelo hospital. O projeto será agora apresentado aos hospitais, à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS) e ao Ministério da Saúde. “Queremos demonstrar ao Estado que são técnicas que permitem um regresso mais rápido dos utentes à comunidade e ao trabalho“, afirma o provedor, referindo-se à nova abordagem pensada para a Unidade.

Tiago Caeiro

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