Governo do Zimbabué diz que “nunca” pediu que Mugabe fosse embaixador da OMS
O porta-voz do Presidente do Zimbabué afirma que "nunca foi pedido" a Robert Mugabe que fosse embaixador da boa vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS), depois de ter sido anulada a nomeação.
No domingo, a OMS anunciou, no Uruguai, que decidiu anular a nomeação do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, como embaixador da boa vontade da organização, após várias críticas a esta escolha. Hoje, o porta-voz presidencial, George Charamba, disse que nunca foi pedido e que este “não aceitaria o posto mesmo que o tivessem pedido devido à postura da ONU contra o tabaco”.
A nomeação de Mugabe, como embaixador da boa vontade da OMS, anunciada no domingo, suscitou a indignação de ativistas que consideram que o sistema de saúde do Zimbabué colapsou durante o regime autoritário de Mugabe, que está no poder desde 1980.
A OMS tinha apontado os esforços do Zimbabué na luta contra o tabaco e doenças não transmissíveis para justificar a polémica escolha do presidente Robert Mugabe.
Além dos ativistas, também o Reino Unido, antiga potência colonial, fez críticas a essa nomeação, considerando a decisão da OMS “surpreendente e dececionante, em particular à luz das sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra” Mugabe. “A OMS não pode reverter o que nunca disse”, salientou Charamba, citado pelo jornal local Herald.
LUSA/SO/SF