20 Dez, 2022

Falta de recursos encerra duas unidades de saúde na Figueira da Foz

A escassez de recursos humanos afeta todas os grupos profissionais: assistentes técnicos, enfermeiros e médicos. Fica assim em causa o atendimento dos utentes de Lavos, São Pedro, Paião e Marinha das Ondas.

A Câmara da Figueira da Foz disse que o encerramento das unidades de Saúde de São Pedro e Marinha das Ondas se deve à falta de assistentes técnicos para assegurar o atendimento e o secretariado clínico. Em comunicado, aquela autarquia do distrito de Coimbra refere que a coordenadora da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) justifica a situação com “a insuficiente contratualização de profissionais de saúde, bem como o cansaço acumulado dos profissionais”. De acordo com a responsável, este é um “problema transversal a todo o país, fruto de anos de desinvestimento” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Citando a coordenadora da UCSP, que integra as unidades de saúde de Lavos, São Pedro, Paião e Marinha das Ondas, o município da Figueira da Foz afirma que, “neste momento, estão ao serviço três assistentes técnicas” e que não existem condições “para substituir as funcionárias que se encontram ausentes por doença e gozo de férias”.

Apesar de compreender “a enorme pressão com que os serviços de saúde se confrontam e as razões dos profissionais de saúde”, a autarquia liderada por Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, manifesta-se, “acima de tudo, solidária com as populações”. “Não pode o município deixar de manifestar a sua profunda preocupação com os constrangimentos que o súbito encerramento das unidades de saúde de São Pedro e de Marinha das Ondas, embora temporário, coloca às populações daquelas freguesias, especialmente à população mais vulnerável”, lê-se no comunicado.

A Câmara da Figueira da Foz espera que, “muito rapidamente, alguns destes constrangimentos estejam sanados e que regresse alguma normalidade na prestação de cuidados de saúde na zona sul” do concelho. “Por nós, fazemos, a todo o momento, tudo o que está ao nosso alcance junto das populações e do poder central”, refere ainda a nota.

LUSA

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