Falta de oncologistas ameaça quimioterapia no Centro Hospitalar Tondela-Viseu
A unidade está estudar a transferência de doentes para o IPO de Coimbra, uma vez que só conta com dois especialistas em exercício.
O Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) está a estudar a transferência de doentes para o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra. Por falta de médicos oncologistas, a realização de tratamentos de quimioterapia injetável para quem tem cancros da mama e da próstata poderá ficar suspensa, avança o Jornal de Notícias.
Tendo em consideração que uma das médicas deste serviço está de baixa e o hospital tem nesta altura apenas dois oncologistas, a solução de transferir estes doentes está em cima da mesa. Deverão ficar disponíveis no CHTV apenas tratamentos de quimioterapia por via oral.
“Faltam médicos, mas a parte mais complicada é que os doentes de cancro da mama e da próstata [terão] de ir fazer quimioterapia injetável a Coimbra”, lamentou o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, ao mencionar as viagens que os utentes terão de fazer.
“Depois do tratamento [as pessoas] ficam num estado muito complicado, passam uma hora a vomitar. Não é possível ter este tipo de situação”, defende o presidente, que não esconde a sua preocupação. Fernando Ruas lamenta que o CHTV, que deu início ao processo de construção de um centro de ambulatório e de radioterapia, esteja agora a “empurrar as pessoas” para Coimbra.
Como resposta ao JN, o conselho de administração do CHTV garante que pretende contratar mais médicos a curto prazo, no âmbito da construção do novo centro. Também afirmam que alguns destes doentes oncológicos já são tratados no IPO de Coimbra, numa perspetiva de complementaridade.
SO