22 Jul, 2019

Europa disposta a reforçar ajuda financeira para combater ébola

A Comissão Europeia disse hoje estar disponível para reforçar a ajuda financeira para combater a epidemia de ébola que grassa na RDCongo.

A Comissão Europeia disse hoje estar em contacto com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para acompanhar a evolução do Ébola na República Democrática do Congo (RDCongo), manifestando-se disponível para reforçar a ajuda financeira para combater a epidemia.

Em comunicado, o executivo comunitário indica que o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, esteve em contacto este fim de semana com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “para discutir últimos desenvolvimentos na epidemia de Ébola na RDCongo”.

“Na sequência da declaração emitida pela OMS na semana passada, declarando que a epidemia do Ébola na RDCongo se tinha tornado uma emergência de saúde global, o comissário Christos Stylianides, também coordenador da União Europeia [UE] contra o Ébola, reafirmou o compromisso da UE para continuar a apoiar a luta contra o vírus”, acrescenta Bruxelas na nota.

Citado em comunicado, Christos Stylianides vincou que, “neste momento crítico, a comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para combater o Ébola”, assim como “tirar lições da situação na África Ocidental para evitar mais disseminação”.

“A UE está na vanguarda da resposta internacional de apoio às autoridades congolesas e à OMS. Estamos prontos para apoio adicional, seja através da disponibilização do Corpo Médico Europeu ou de ajuda financeira adicional”, adianta o responsável europeu.

Desde o ano passado, a UE já alocou 17 milhões de euros para combater o Ébola na RDCongo.

Neste momento, está, ainda, a prestar assistência aos países vizinhos através do Mecanismo de Proteção Civil da UE para criar formas de prevenção à epidemia.

Na passada quarta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou o estado de Emergência Internacional na RDCongo após uma reunião do Comité de Emergência para avaliar a evolução da epidemia do Ébola.

A justificar a decisão estavam preocupações com a expansão geográfica da doença.

Aquando dessa tomada de decisão, já a doença tinha chegado a Goma, a cidade mais povoada, com dois milhões de pessoas, e também a mais estratégica de todas as afetadas até então, localizada a 20 quilómetros da fronteira com o Ruanda.

O primeiro caso de Ébola na cidade de Goma, a uns 350 quilómetros da zona onde até então se tinha considerado estar confinada a epidemia, foi confirmado na segunda-feira da semana passada e veio reforçar as preocupações com o descontrolo do surto epidémico.

A crise do Ébola já provocou 1.676 mortos, registando 12 novos casos a cada dia.

Este surto, o segundo mais mortífero na história, é apenas ultrapassado pela epidemia que entre 2014 e 2016 atingiu a África Ocidental e que matou mais de 11.300 pessoas.

SO/Lusa

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