27 Dez, 2018

Enxaqueca pode reduzir risco de diabetes tipo 2 nas mulheres

Investigadores concluíram, num novo estudo, que as mulheres com enxaqueca ativa tiveram 30% menos probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 em relação a mulheres sem historial de enxaqueca.

No artigo, publicado na revista Jama Neurology, os cientistas começam por referir que pouco se sabe sobre a relação entre a enxaqueca e a diabetes tipo 2.

Com o objetivo de avaliar a associação entre as duas patologias, os investigadores do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (INSERM), na França, analisaram dados de mais de 70 mil mulheres residentes neste país, que preencheram questionários sobre o seu estado de saúde e de estilo de vida entre 1990 e 2004.

A análise revelou que as mulheres com enxaqueca ativa tiveram uma redução de aproximadamente 30% no risco de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com mulheres sem historial de enxaqueca. Os investigadores definiram a enxaqueca ativa como tendo pelo menos um episódio de enxaqueca no período desde a última avaliação.

“Tanto a enxaqueca como a diabetes tipo 2 são doenças altamente prevalentes. Portanto, os nossos resultados podem ter implicações substanciais em relação à compreensão dos mecanismos subjacentes a essas duas condições”, afirma o investigador Guy Fagherazzi, um dos autores deste estudo.

Um mecanismo que, para os autores, poderá explicar esta relação é a atividade de uma molécula, um peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP, em inglês), comum no desenvolvimento da enxaqueca e que também está envolvida no metabolismo da glicose.

Mónica Abreu Silva

 

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais