Direção Executiva do SNS nega declarações do bastonário da Ordem dos Médicos e fala em “interpretação imprecisa” de notícia
Em causa está uma notícia publicada, esta quarta-feira, pelo jornal Público, que dava conta de instruções da Direção Executiva para que os hospitais cortassem na despesa, mesmo que tal implicasse abrandar o ritmo de cirurgias, consultas e outros cuidados de saúde.

A Direção Executiva do SNS (DE-SNS) classificou como “falsas” as declarações do bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes, sobre uma alegada instrução dada aos hospitais para reduzirem a despesa em 2026 — sem, no entanto, esclarecer se essa orientação existiu ou não. Em nota enviada às redações, a DE-SNS afirma que as declarações do bastonário “são genericamente falsa”, acrescentando que “resultam da interpretação de um artigo jornalístico impreciso”.
Em causa está uma notícia publicada, esta quarta-feira, pelo jornal Público, que dava conta de instruções da Direção Executiva para que os hospitais cortassem na despesa, mesmo que tal implicasse abrandar o ritmo de cirurgias, consultas e outros cuidados de saúde.
Segundo o Público, essas orientações terão sido transmitidas numa reunião com dirigentes das Unidades Locais de Saúde (ULS), poucos dias depois de o Governo ter entregue na Assembleia da República a proposta do Orçamento do Estado para 2026.
Em reação à notícia, Carlos Cortes considerou a alegada ordem “profundamente lamentável e miserável”, alertando que uma medida desse tipo poderia prejudicar os doentes e agravar as listas de espera.
Na nota de esclarecimento, a DE-SNS não especifica quais as declarações de Carlos Cortes que considera falsas nem em que medida o artigo do Público seria impreciso. “Sobre o que se passa em reuniões internas do SNS, o diretor executivo não tece qualquer comentário público, apenas esclarece que a reunião em causa é a Assembleia de Gestores do SNS, que reúne os dirigentes máximos das instituições do SNS, e não uma reunião com administradores hospitalares”, lê-se no comunicado. Durante a manhã de ontem, o diretor executivo do SNS, Álvaro Almeida, já tinha recusado comentar publicamente a alegada instrução para contenção da despesa no próximo ano.
SO/LUSA
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