Cuidadores Informais querem ser ouvidos no momento de discussão dos seus direitos
Movimento pede revisão do Estatuto do Cuidador Informal, para que este responda às necessidades e aos desafios inerentes à atividade.
A propósito do Dia do Cuidador Informal, que se assinala a 5 de novembro, o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais lança uma campanha que promove um apelo: “Oiçam as nossas necessidades, sempre que criarem os nossos direitos”. A iniciativa alerta para a importância de se ouvir a voz daqueles que beneficiam dos direitos promovidos no documento do Estatuto do Cuidador Informal criado em 2019.
De acordo com o mais recente inquérito promovido junto dos cuidadores informais portugueses, foi possível confirmar que há várias alterações que têm de ser promovidas no sentido de melhorar a oferta de apoio e direitos destes indivíduos. Segundo a análise, 59,1% dos inquiridos desconhecia a existência do Estatuto, enquanto 77,2% o consideraram incompleto.
Ainda no mesmo sentido, 22,1% definiram o documento como sendo “pouco abrangente”, 21,3% caracterizaram-no como muito burocrático e limitado e 20,1% referiram a sua incapacidade em proporcionar os apoios suficientes capazes de suprir as necessidades existentes.
Perante estes dados, o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais sublinha a necessidade de uma revisão do Estatuto, a qual deve ser promovida através de ouvir o que pensam os cuidadores informais, quais as suas necessidades e a melhor forma de os auxiliar na ultrapassagem dos desafios inerentes à atividade que desempenham.
“É essencial ouvir os interessados em todo este processo, ou seja, os cuidadores informais”, disse o diretor-geral da Merck Portugal, Pedro Moura, reforçando o seu apoio junto deste Movimento. “O inquérito realizado recentemente confirma que há ainda muito a fazer para ajudar estes cuidadores”, conclui.