2 Mar, 2021

Cirurgias retomadas e regresso à normalidade nos hospitais de Aveiro

Nos Hospitais de Aveiro, todas as especialidades estão a retomar a sua atividade normal, diz a presidente do conselho de administração.

A cirurgia de ambulatório está a funcionar a 100% no Hospital de Águeda e o bloco operatório central, no Hospital de Aveiro, retoma a atividade plena na segunda-feira, revelou à Lusa fonte hospitalar.

Em declarações à Lusa, a presidente do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), Margarida França, revelou que apenas se mantêm, com camas covid-19, duas enfermarias no Hospital de Aveiro e uma no Hospital de Estarreja, quando chegaram a ser oito, pelo que as cirurgias retomam o pleno na segunda-feira e as consultas estão a ser normalizadas.

“A cirurgia de ambulatório em Águeda já está a funcionar a 100% e, na segunda-feira, o bloco operatório central, no Hospital de Aveiro, vai começar a trabalhar a 100 por cento”, disse a responsável pela administração dos hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja.

Segundo Margarida França, “todas as especialidades estão a retomar a sua atividade normal porque já é possível alocar alguns médicos e enfermeiros “Covid” para dar resposta a “praticamente todas as situações”.

O Centro Hospital do Baixo Vouga registou hoje apenas um doente covid-19 em cuidados intensivos e 22 doentes internados em enfermaria, quando a 23 de janeiro chegou a ter 172, e os cuidados intensivos chegaram ao limite, com 10 internados nos dias seguintes.

Entre as medidas tomadas pelo conselho de administração a que preside, que geraram alguma controvérsia, contam-se a deslocação profissionais de saúde dos hospitais de Águeda e Estarreja para reforçar o Hospital de Aveiro e permitir a abertura sucessiva de mais enfermarias, ou a transferência de doentes não-covid de Aveiro para o Hospital de Águeda.

“Fizemos um esforço de colocar o hospital de oncologia em Águeda, até para segurança dos doentes”, justifica Margarida França, que salienta que, apesar dos números da pandemia, as cirurgias urgentes foram asseguradas.

“Nunca deixámos de fazer a cirurgia urgente e algumas prioritárias. Houve uma sala de bloco operatório que conseguimos ativar sempre que foi necessário e nunca parámos totalmente, embora agora tenha de ser feito um esforço de recuperação”, observa.

Segundo a presidente do conselho de administração do CHBV, também as consultas de especialidades já estão a ser normalizadas: “as consultas voltaram à sua normalidade porque para um Centro Hospitalar que teve 170 doentes Covid, neste momento ter 22 não é nada”.

Margarida França salienta que os ensinamentos da primeira vaga permitiram lidar melhor com a pandemia, que é ainda encarada com cautela.

“Temos uma enfermaria que vamos manter como reserva covid-19, para a eventualidade de surgir um novo aumento de casos”, informa.

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