23 Set, 2022

Casos de suicídio atingem valor mais alto dos últimos quatro anos

A pandemia trouxe várias alterações, quer do ponto de vista emocional quer profissional, o que acabou por ser um "gatilho", segundo o psiquiatra Joaquim Sousa Gago.

No ano passado registaram-se 952 suicídios, segundo dados do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), cedidos pelo Ministério da Justiça.

A notícia, avançada pelo Jornal de Notícias, dá conta de um aumento de 8,18%, ou seja, desde há quatro anos que não havia tantos casos.

No ano de 2018 verificou-se um pico, como 1020 mortes por suicídios, mas entretanto verificou-se uma descida, até que em 2021, a situação se alterou. As possíveis explicações são as dificuldades sociais, de emprego e económicas decorrentes da pandemia.

Joaquim Sousa Gago, membro da Coordenação Nacional para as Políticas de Saúde Mental, refere, ao jornal, que as mudanças na forma de trabalhar, o desemprego, os períodos de luto emocional, as carências económicas e o isolamento “determinaram a manifestação de síndromes depressivas e ansiosas em indivíduos anteriormente saudáveis”.

Foram também “como gatilho para episódios depressivos naqueles que tinham doença mental”, acrescenta o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Luís Duarte Madeira.

 

Contactos e serviços disponíveis para prevenção do suicídio:

SOS VOZ AMIGA (16h-24h): 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660 / 800 209 899 (21h-24h, linha verde gratuita)
CONVERSA AMIGA (15h-22h): 808 237 327 / 210 027 159
VOZES AMIGAS DE ESPERANÇA DE PORTUGAL (16h-22h): 222 080 707
VOZ DE APOIO (21h-24h): 225 506 070 / sos@vozdeapoio.pt

 SO/JN 

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