12 Jul, 2021

Caso de mulher morta com duas variantes detetado na Bélgica

De acordo com a agência Efe, os investigadores do hospital Onze-Lieve-Vrouwziekenhuis (OLVZ) detetaram o caso de infeção com SARS-CoV-2 pelas variantes alfa (aparecida no Reino Unido) e a beta (originária da África do Sul).

Investigadores de um hospital de Aalst, no norte da Bélgica, detetaram o caso de uma mulher com mais de 90 anos que morreu em março infetada com duas variantes do coronavírus, a alfa e a beta, foi hoje divulgado.

De acordo com a agência Efe, os investigadores do hospital Onze-Lieve-Vrouwziekenhuis (OLVZ) detetaram o caso de infeção com SARS-CoV-2 pelas variantes alfa (aparecida no Reino Unido) e a beta (originária da África do Sul).

“Trata-se de um dos primeiros casos de coinfeção com duas variantes preocupantes de SARS-CoV-2”, assegurou a bióloga molecular Anne Vankeerberghen, autora do estudo, em declarações ao diário De Morgen.

A mulher em causa, que não tinha sido vacinada, deu entrada no centro hospitalar em março, depois de ter testado positivo ao coronavírus.

Apesar dos seus níveis de oxigénio serem bons num primeiro momento, o seu estado de saúde deteriorou-se com rapidez e faleceu cinco dias depois de entrar no hospital.

Quando foram realizadas as provas para detetar as variantes preocupantes, o pessoal médico descobriu que a paciente se tinha contagiado com a alfa e beta.

“Ambas as variantes circulavam pela Bélgica nesse momento, pelo que é provável que a mulher se tenha coinfetado com diferentes vírus, de duas pessoas diferentes”, disse a bióloga, reconhecendo que os investigadores não sabem a origem do contágio.

De acordo com Anne Vankeerberghen, é “difícil” saber se a infeção com as duas variantes influenciou a rápida deterioração do estado de saúde da idosa.

A investigação ainda não foi enviada para uma revista médica, mas será analisada no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID).

Num comunicado citado no jornal De Morgen, a investigadora Anne Vankeerberghen afirmou que não há outros casos publicados de infeções com duas variantes, mas acrescentou que esse fenómeno “provavelmente está subestimado”, em parte devido às poucas provas que se realizam para detetar as variantes.

 

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