11 Fev, 2022

Cardiologistas sublinham importância do tratamento precoce do EAM

“É importante consciencializar as pessoas de que o tratamento deve ocorrer o mais rapidamente possível”, diz o presidente da APIC, Eduardo Infante de Oliveira.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai reunir vários profissionais de saúde, representantes de autarquias e instituições envolvidas no transporte, tratamento e acompanhamento de doentes coronários, no próximo dia 14 de fevereiro, para apresentar a atual realidade do tratamento do enfarte agudo do miocárdio (EAM) no Alentejo, bem como a sua realidade futura.

“Com esta iniciativa acreditamos que estamos a contribuir para o reconhecimento da importância da atuação face aos tratamentos do EAM, reforçando o seu papel decisivo. É importante consciencializar as pessoas de que o tratamento deve ocorrer o mais rapidamente possível, após o início dos sintomas, reduzindo, assim, o risco de mortalidade, a reincidência de enfarte e complicações associadas”, explica o presidente da APIC, Eduardo Infante de Oliveira.

Neste âmbito, o diretor do Centro de Responsabilidade Integrada Cérebro-Cardiovascular do Alentejo, Lino Patrício, avança que: “todos os anos cerca de 250 doentes fazem o tratamento por angioplastia na fase aguda de enfarte. Avaliámos mais de 1700 doentes com EAM e verificámos que o tempo designado por «door in, door out» é de mais de 2 horas e 30 minutos, sendo que o tempo até ao transporte é superior a 1 hora”.

“Sabemos que as diretrizes indicam 120 minutos como tempo máximo para o doente iniciar a angioplastia. Cabe a todos os profissionais de saúde melhorar estes tempos, porque cada minuto corresponde a vidas perdidas e mais complicações futuras”, acrescentou.

“Em Portugal, a incidência do EAM continua a ser elevada. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) – o que implicará um tratamento mais rápido com uma redução significativa da quantidade de músculo cardíaco ‘perdido’, o que levará a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que possam voltar a ter uma vida ‘normal’”, conclui o coordenador nacional do Stent-Save a Life.

O evento, que se vai realizar entre as 10h00 e as 12h30, no Palácio de D. Manuel, em Évora, surge no âmbito da campanha Cada Segundo Conta e das comemorações do Dia Nacional do Doente Coronário.

SO

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