Cancro da cabeça e pescoço. Especialistas alertam para importância de diagnóstico precoce
No âmbito do Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço, os especialistas reforçam a importância de se conhecerem os sintomas da doença e da adesão ao tratamento adequado.
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) lançou um alerta para a importância do diagnóstico precoce do cancro localizado na cabeça e pescoço, no sentido de aumentar as taxas de cura do tratamento da doença. A mensagem foi reforçada no âmbito do Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço que se assinala a 27 de julho.
A vice-presidente da AICSO, Ana Joaquim, sublinhou que “todos os anos são diagnosticados cerca de três mil novos casos de cancro de cabeça e pescoço”, sendo que o principal fator de risco associado é o “consumo crónico de tabaco e/ou bebidas alcoólicas”. No mesmo âmbito, “a higiene oral deficitária e próteses dentárias mal-adaptadas” junto da “exposição a determinados agentes como o pó da madeira ou da cortiça” também se juntam à lista de fatores de risco.
“Na grande maioria dos doentes, os sintomas começam e desenvolvem-se sem que lhes seja dada a devida atenção”. Neste sentido, a médica-oncologista reforça que “a recomendação é procurar o médico” quando sintomas como “dor de garganta, dificuldade ou dor em engolir, rouquidão” duram três semanas ou mais.
“Quanto mais cedo se iniciar o tratamento da doença, maior a probabilidade de cura e de menos sequelas dos tratamentos”, reforça. No entanto, “quando diagnosticado em fase avançada, os tratamentos são multimodais e a probabilidade de cura desce para cerca de 50-60%, à custa de sequelas mais ou menos mutilantes”.
Neste sentido, torna-se fundamental reforçar a mensagem que refere a importância de se conhecerem os sintomas associados e de se procurar assistência médica, uma vez que “são muitos os desafios após a conclusão dos tratamentos” e é preciso ter em conta que estes podem ser prevenidos.