26 Nov, 2021

Até outubro, foram agredidos mais de 750 profissionais do SNS

Depois da diminuição em 2020, os episódios de agressão estão de novo em crescendo. Enfermeiros são o grupo mais afetado.

Até outubro, já foram reportados 752 episódios de agressão em instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na plataforma Notifica da Direção-Geral da Saúde (DGS). Estes números representam, em média, 2,5 casos por dia, analisa o jornal Sol.

Depois de uma diminuição no número de casos de agressão registados nos dez primeiros meses do ano passado, em 2021 já foram confirmados mais 27 episódios de violência (mais 4%). Os enfermeiros são o grupo profissional com o maior número de comunicações (32%), seguidos dos médicos (31%) e dos assistentes técnicos (30%). Segundo estratifica a DGS, os casos de violência psicológica são os mais comuns (63%) – os quais incluem insultos e ameaças -, 17% representam agressões físicas e 14% são relativos à ocorrência de assédio moral.

O recorde de episódios de violência aconteceu em 2019, com um total de 950 casos. Já em 2020, o número de agressões diminuiu cerca de 13%. Perante estes dados, o Governo criou um gabinete de segurança para prevenir e monitorizar este tipo de eventos.

No entanto, “não houve melhoria nenhuma. As pessoas são o que são, um dia batem palmas à janela, no outro estão a bater nos enfermeiros porque não são atendidas como acham que deviam ser. O foco são os enfermeiros quando devia ser o Governo, que não tem estratégia”, diz a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.

SO

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