6 Jun, 2024

Associação de Cuidados Paliativos pede audiência a Ministra da Saúde

O objetivo é alertar Ana Paula Martins para a necessidade de um acesso equitativo a Cuidados Paliativos, para se evitar o sofrimento dos doentes e para se evitar idas desnecessárias às urgências.

Após publicação do Plano de Emergência para a Saúde, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) quer reunir com a ministra da Saúde, para chamar a atenção para a importância desta área. Como refere a APCP, em comunicado:  “Os Cuidados Paliativos são determinantes para a sustentabilidade e equidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).”

A mensagem a transmitir à governante será no sentido de sensibilizar para o facto de as equipas de Cuidados Paliativos serem “cruciais” em todos os contextos e de permitirem uma diminuição dos episódios de urgência e dos internamentos. Para tal, é necessário apostar na formação pré-graduada obrigatória para todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais), assim como num sistema de incentivo, negociação de indicadores e garantia de progressão na carreira.

Deve-se, ainda, dar prioridade às equipas comunitárias de suporte em Cuidados Paliativos, nomeadamente através da facilitação de transferência de profissionais. Acrescem condições de trabalho (tecnológicas, fármacos, sistemas de registo, pagamento total de disponibilidade telefónica quando aplicável) e de desenvolvimento de competências (formação e estágios).

Por último, a APCP apela à criação da especialidade médica em Medicina Paliativa.

Com estas medidas, a associação espera que se dê mais valor a esta área, o que não tem acontecido. “A realidade mostra uma persistente ausência de ação para melhorar o acesso dos portugueses a Cuidados Paliativos.” Continuando: “O Orçamento de Estado para 2024 apresentou, mais uma vez, numa linguagem pouco clara, uma mistura incompreensível entre conceitos (cuidados continuados e cuidados paliativos).”

 Ainda de acordo com a associação, estima-se que, em Portugal, há 96 mil pessoas a necessitar destes cuidados, das quais 8.000 são crianças; e metade das referenciadas morre antes de ter apoio.

Maria João Garcia

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