29 Ago, 2022

Afluência às urgências já ultrapassa níveis pré-pandemia nos principais hospitais

A procura pelos serviços de urgência, no primeiro semestre, está ainda um pouco abaixo em relação a 2019. No entanto, os hospitais de Santa Maria e no São João já superaram os níveis pré-pandemia.

Afastado o receio de recorrer aos serviços de urgência (ainda muito presente nos anos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia), a afluência às urgências dos hospitais do SNS está a crescer a um ritmo acelerado em 2022. No primeiro semestre deste ano, o número de atendimentos nas urgências atingiu quase o valor registado nos primeiros seis meses de 2019, segundo dados consultados pelo SaúdeOnline no portal da transparência do SNS. Nalguns centros hospitalares, os maiores do país, os níveis de 2019 já foram mesmo superados.

Entre janeiro e junho, a procura pelos serviços de urgência ficou ainda 3,8% abaixo em relação aos primeiros seis meses de 2019. Aqui incluem-se as urgências gerais, psiquiátricas, obstétricas e pediátricas. Registaram-se, na primeira metade deste ano, 3 048 728 atendimentos no total. No mesmo período de 2019, tinham sido 3 165 252 urgências.

Apesar ainda não se terem atingido os níveis pré-pandémicos no conjunto do país, alguns centros hospitalares, entre os quais os de maior dimensão, receberam nos seus serviços de urgência mais utentes entre janeiro e junho do que no mesmo período de 2019. O Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte, o maior do país, e que integra o Hospital de Santa Maria, registou um aumento de praticamente 20%, para mais de 142 mil urgências. Já o Centro Hospitalar e Universitário de São João, o maior da zona Norte, ultrapassou as 130 mil urgência até junho, o que equivale a um aumento na ordem dos 2%. Também o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, que já era, de forma destacada, aquele com mais atendimentos nas urgência (174 726 no primeiro semestre de 2019), viu aumentar, ainda que ligeiramente, esse número em 2022.

Com menos urgências em relação ao último ano pré-pandemia estão, por exemplo, o Hospital Amadora-Sintra, o Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central ou o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

No entanto, quando se compara o primeiro semestre de 2022 com o período homólogo, a diferença é abissal. Nos primeiros seis meses de 2021, registaram-se menos 37% de episódios de urgência em comparação com o ano corrente.

SO

Notícia Relacionada

Ordem dos Médicos pede mais inspeções às urgências. Situação “é extremamente grave”

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais