A realização das Jornadas Multidisciplinares de MGF “foi uma ideia brilhante”
Paulo Pessanha, médico de família e um dos três fundadores e presidentes das Jornadas Multidisciplinares de Medicina Geral e Familiar, falou ao SaúdeOnline sobre o passado e o futuro deste evento, cujo “sucesso e crescimento” são inegáveis.
“Já há muito tempo que perseguíamos esta ideia. Tínhamos o sonho de fazer umas jornadas de médicos de família para médicos de família e que não fossem monotemáticas, ou seja, que fossem multidisciplinares”, recorda Paulo Pessanha.
“Reunimos os três [Paulo Pessanha, Manuel Viana e Rui Costa]. Todos fazemos formação pré e pós-graduada, somos orientadores de internos da especialidade e temos alunos. A ideia era fazer algo realmente multidisciplinar. Resolvemos pôr mãos à obra, procurando privilegiar os colegas com boa qualidade técnica e, também, oratória.”
E continua, referindo que criaram um grupo com “gente nova” para a comissão organizadora. Na altura, muitos ainda eram internos. Atualmente, já são especialistas.
“Foi uma ideia brilhante! Ao início deu muito trabalho. Não tínhamos experiência na organização de eventos com este formato, mas aos pouco fomos aprendendo”, exclama.
Desde então as jornadas têm tido um crescimento “exponencial”. A primeira edição teve cerca de 600 inscrições. Atualmente, já ultrapassaram a meta das 2.500, entre presencial e online.
Estas jornadas multidisciplinares, hoje de âmbito nacional, têm tido “um impacto enorme na comunidade médica”. Paulo Pessanha refere que o evento “tem tido muito recetividade dos colegas.” “Estamos muito empenhados, tendo sempre o cuidado de ouvir opiniões, indo assim ao encontro das necessidades dos médicos para a prática clínica.”
Foi assim que se criou um evento que é organizado com a participação dos médicos hospitalares e do ambulatório, ou seja, de MGF, havendo, assim, partilha de informação e troca de experiências entre profissionais destes dois níveis de cuidados.
Quando questionado acerca do futuro, Paulo Pessanha diz que vão continuar a privilegiar o formato híbrido e que pretendem crescer ainda mais, mas ainda não sabe exatamente como será esse desenvolvimento. Provavelmente, poderá passar por realizá-las num espaço maior, ou, até, por uma internacionalização do evento. Ainda está tudo em aberto.
“A visibilidade das jornadas têm vindo a aumentar a cada ano. Auguramos um futuro promissor”, conclui.
SM
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“Procuramos incluir temas de várias áreas da nossa prática clínica, com uma abordagem prática”