40 anos depois do seu pai, Svante Pääbo recebe também o Nobel da Medicina
Svante Pääbo fez parte de uma equipa que sequenciou o genoma do Neandertal, espécie de homem que se extinguiu há 30 mil anos.
O Prémio Nobel da Medicina foi atribuído ao sueco Svante Pääbo pelas suas descobertas sobre a evolução humana relativas, nomeadamente, aos “genomas de hominídeos extintos”, foi hoje anunciado pelo Instituto Karolisnka.
O sueco conhecido pela sua investigação na área da paleogenética descobriu diferenças genéticas “que distinguem todos os humanos vivos de hominídeos extintos”, segundo dá conta o Instituto Karolisnka na sua página do Twitter.
“Ao revelar as diferenças genéticas que distinguem todos os seres humanos vivos de hominídeos extintos, as suas descobertas lançaram as bases para explorar o que torna os humanos tão únicos”, disse o júri.
Svante Pääbo fez parte de uma equipa que sequenciou o genoma do Neandertal, espécie de homem que se extinguiu há 30 mil anos. Os resultados mostraram que o cruzamento entre as duas espécies deverá ter ocorrido na região do Médio Oriente, há entre 50 mil e 80 mil anos.
Svante Pääbo é um biólogo sueco especializado em genética evolucionária. O seu pai, Sune Bergstrom, foi Prémio Nobel de Medicina em 1982, há precisamente 40 anos.
A temporada de 2022 de anúncio dos prémios Nobel começou esta segunda-feira, com o de Medicina. Amanhã, dia 4, será atribuído o prémio Nobel da Física. O da Química vai ser conhecido a 5 outubro, o da Literatura a 6 e, por último, no dia 7 de outubro o da Paz.
Os vencedores recebem um diploma, uma medalha de ouro e uma quantia em dinheiro, que este ano será de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 919 mil euros) a dividir pelas várias categorias.
SO