5 Jun, 2017

Vaginose Bacteriana constitui até 50% dos diagnósticos de infeção vaginal

Duas em cada três mulheres com vaginose bacteriana não apresentam nenhum tipo de sintoma. De acordo com o El País, a doença afeta cerca 30% das mulheres nos Estados Unidos e até 14% das mulheres na Europa, sendo que volta sempre

Não é apenas uma questão de incómodo, mas também de alarme. Poucas são as mulheres que apresentam sintomas da doença, mas quando acontece, a mesma manifesta-se através de um corrimento acinzentado com forte odor, que habitualmente piora após a relação sexual.

A doença que é uma verdadeira incógnita para a maioria da população e até mesmo para os especialistas.

Os números sugerem que afeta 30% das mulheres com idade entre 14 e 49 anos nos Estados Unidos, e entre 4 e 14% do mesmo grupo na Europa.

Segundo o El País, o principal desafio para os pesquisadores é entender a alta incidência em mulheres jovens. Especificamente, Federico Velasco, ginecologista no Vithas Hospital San José, observa que “a vaginose bacteriana constitui até 50% dos diagnósticos de infecção vaginal.

É causada por uma alteração complexo na composição da flora, em que uma substituição de Lactobacillus acidophilus é dada por altas concentrações de outras bactérias anaeróbicas geralmente”.

Na vaginose bacteriana há um teste simples, feito no próprio consultório, que consiste na adição de 10% hidróxido de potássio na secreção vaginal para aumentar a libertação do odor forte.

Através do exame no microscópio é possível identificar as chamadas clue-cells, células típicas da vaginose bacteriana. Também permite identificar outros germes que causam corrimento que não a vaginose, como fungos, por exemplo.

“A causa desta doença não é bem conhecida. Estudos realizados associam a vaginose bacteriana a relacionamentos e hábitos sexuais, tabagismo, alguns produtos de higiene e métodos contraceptivos”, disso o especialista ao El País.

A vaginose bacteriana pode causar algumas complicações, como aumentar o risco de contaminação por outras doenças sexualmente transmissíveis, maior risco de doença inflamatória pélvica e maior risco de parto prematuro em grávidas.

Normalmente, só é indicado tratamento caso existam sintomas, porém em cerca de 1/3 dos casos desaparece espontaneamente.

EL PAÍS/SO/CS

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