Há um caso de sarampo confirmado em Lisboa, disse esta manhã, a vários órgãos de comunicação, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas. O homem, de 39 anos, está internado no Hospital de Santa Maria, em isolamento.
Os dados do boletim epidemiológico “Sarampo em Portugal” referem ainda que dez doentes (14%) não estavam vacinados e seis (9%) tinham o esquema vacinal incompleto.
O número de casos confirmados de sarampo subiu para 68, mais dois casos do que na quinta-feira, e 19 pessoas estão curadas, segundo dados da Direção-geral de Saúde (DGS) divulgados esta manhã.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) divulgou hoje que deram entrada neste hospital seis doentes com suspeita de sarampo.
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) iniciou esta segunda-feira a vacinação contra o sarampo a alguns dos seus profissionais de saúde. O processo vai decorrer até hoje, segundo um comunicado da CHUC.
“Se quiserem fazer a discussão sobre a vacinação para todos estamos abertos a fazer essa discussão, agora como requisito para trabalhar que as pessoas sejam obrigadas, e apenas para um grupo profissional, não estamos disponíveis”, afirmou a bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
Os surtos de sarampo têm aberto a discussão na opinião pública sobre a vacinação, que em Portugal é gratuita, mas não obrigatória.
“Temos de saber dosear a problemática sem entrar na liberdade de cada um e começar pela sensibilização. Se não for um sucesso, temos de pensar noutro tipo de medidas, que podem passar pela definição de requisitos para o exercício da profissão”, afirmou, em declarações à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço
Entre os casos confirmados, segundo a DGS, todos os doentes são adultos, mais de metade são mulheres, quatro não estão vacinados, três apresentam “esquema vacinal incompleto”, quatro têm “esquema vacinal desconhecido” e 19 são profissionais de saúde.
A Direção-Geral da Saúde declarou a "existência de um surto" de sarampo em Portugal, depois de terem sido confirmados sete casos no Hospital de Santo António, no Porto.
