24 Abr, 2024

Sindicato Independente dos Médicos lamenta anúncio de demissão de diretor-executivo SNS

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamentou o anúncio de demissão do diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, assinalando que "pode estar em causa uma nova reestruturação" do SNS.

“As reformas estruturais no SNS devem ser para manter, as estruturas técnicas e as instituições devem fazer o seu trabalho independentemente da cor política do Governo”, afirmou, numa reação à Lusa, o secretário-geral do SIM, Nuno Rodrigues, acrescentando que “há um caminho conjunto que estava a ser percorrido e que pode ser interrompido”.

Fernando Araújo anunciou que vai apresentar a demissão, em conjunto com a sua equipa, à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, alegando que não quer ser obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considere necessárias.

“Respeitando o princípio da lealdade institucional, irei apresentar à senhora ministra da Saúde, em conjunto com a equipa que dirijo, o pedido de demissão do cargo de diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde”, refere Fernando Araújo em comunicado.

Segundo Fernando Araújo, esta “difícil decisão” permitirá que a nova tutela possa “executar as políticas e as medidas que considere necessárias, com a celeridade exigida, evitando que a atual direção-executiva do SNS possa ser considerada um obstáculo à sua concretização”.

Para o secretário-geral do SIM, Nuno Rodrigues, “quando as pessoas não estão bem num cargo devem sair”. O SIM espera que quem suceder a Fernando Araújo – “uma pessoa considerada, respeitada e competente” – consiga “também atender aos problemas do SNS e trabalhar com os sindicatos para resolver os problemas que persistem”.

A direção-executiva do SNS iniciou a sua atividade em 01 de janeiro de 2023, na sequência do novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde proposto ainda pela então ministra Marta Temido, com o objetivo de coordenar a resposta assistencial de todas as unidades do SNS e de modernizar a sua gestão.

Em janeiro passado arrancou uma nova fase da reforma organizativa do SNS, com o alargamento a todo o país das Unidades Locais de Saúde e a generalização das Unidades de Saúde Familiar de modelo B, assentes num regime de incentivos à produtividade.

 

LUSA

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