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“An apple a day keeps the doctor…nearby”
A propósito do Dia Europeu dos Direitos dos Doentes, vamos revolucionar o provérbio inglês e trazer a Saúde para perto da comunidade. O que poderia ser a “maçã”?
No nosso imaginário, é fácil de conceber a cena clássica em que, numa sala de aula, um aluno oferece uma maçã ao professor, querendo promover uma proximidade saudável entre educador e educando. Esperava-se, aqui, criar um elo de ligação entre os dois, consubstanciado num simples fruto. Esta aposta numa relação de proximidade entre profissionais e utentes pode ser a fórmula certa para trazer a vários serviços, para os repensar. Porque não pensar em “maçãs”?
Tem estado cada vez mais presente na nossa linha de pensamento o fomento de uma participação cívica ativa na causa pública. Queremos envolver os cidadãos em projetos de proximidade que valorizem a sua experiência enquanto utentes na reconstrução dos serviços. Este envolvimento é crucial para que os serviços estejam a par das necessidades dos cidadãos e das barreiras (muitas, por vezes) que é necessário ultrapassar para obter uma resposta acertada. Por outro lado, queremos aproximar dos portugueses o conhecimento dos profissionais, para que estes se possam adaptar à comunidade que servem. A dinâmica multilateral entre quem gere, quem tem o conhecimento e quem dele usufrui tem de ser afinada para criar espaços que repensem estes serviços.
É este o objetivo do projeto de âmbito nacional que a DECO PROTESTE e a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiares estão a desenvolver. “A minha saúde, a minha comunidade” é o mote para a implementação de Comissões de Utentes em todas as Unidades de Saúde Familiar (USF) portuguesas. Numa iniciativa sem precedentes em Portugal, queremos juntar num mesmo círculo profissionais de saúde, gestores e utentes, para que as USF se direcionem cada vez mais para as comunidades onde estão inseridas, para os seus projetos e para as suas necessidades próprias. É necessário que as USF entendam a perceção que a comunidade tem – e a avaliação que dá – da sua ação, para que cada USF possa individualizar-se de acordo com o meio onde está inserida, adequar a sua ação e personalizar à medida da comunidade os serviços que oferece.
As USF podem desempenhar aqui o papel de alavancas de um diálogo que traga para a discussão propostas válidas de redescoberta da comunidade. Simultaneamente, é importante que os utentes das USF, bem como as suas famílias e os seus cuidadores, assumam o valor das suas experiências nestes serviços e que se sintam capacitados para moldá-los à realidade e à dinâmica própria de cada comunidade.
A “maçã” será, assim, cada Comissão de Utentes criada para a sua função de incentivadora de um diálogo contínuo e que integra as várias partes numa solução de redefinição da Saúde. Acreditamos que delas sairá o fruto de uma comunidade forte, de uma valorização do envolvimento cívico e de serviços próximos dos seus utentes.